Chapas apoiadas pela FUP vencem eleição nos Sindipetros RS e MG. No Rio, trabalhadores da ativa votaram pelo retorno à FUP
Imprensa da FUP
O que constrói conquistas e fortalece a organização dos trabalhadores no enfrentamento ao patrão? Unidade ou sectarismo? A história da luta de classes comprova que a unidade é vital para os trabalhadores e a principal estratégia para derrotar o capital. Os petroleiros sofreram nos últimos anos uma divisão imposta por setores da categoria que em nada contribuíram para as lutas e conquistas dos trabalhadores. Pelo contrário. Fragmentaram a organização nacional dos petroleiros e fortaleceram as gerências na disputa ideológica, acirrando a divisão entre a ativa e os aposentados e estimulando o individualismo. Farta desta situação, a categoria está protagonizando um movimento de reconstrução da unidade nacional e de fortalecimento da FUP.
No Maranhão, os petroleiros foram à luta, se organizaram e criaram seu próprio sindicato, filiando-o à Federação. No Rio Grande do Sul, a Chapa 3, de oposição à atual direção do Sindipetro, venceu a eleição com o apoio da FUP e assumirá o comando do sindicato no dia 01 de junho. No Sindipetro-MG, a Chapa 01, que representa a atual direção, apoiada pela FUP, também venceu a eleição. No Sindipetro-RJ, os trabalhadores deram um grande passo na reconstrução da unidade nacional ao votarem expressivamente na chapa apoiada pela FUP, que venceu na ativa (leia a matéria abaixo).
Nas próximas semanas, haverá eleições no Sindipetro-NF, onde a FUP apóia a Chapa 1, e em Sergipe/Alagoas, onde a FUP apóia a Chapa 2. Vamos juntos em frente, reconstruir a unidade nacional petroleira e fortalecer a nossa Federação para garantirmos novas conquistas. A fragmentação enfraquece os trabalhadores e, portanto, interessa aos patrões. Nestas eleições, vote nos candidatos que defendem o maior patrimônio da categoria: a unidade nacional!
Unidos podemos muito mais
A unidade nacional da categoria petroleira foi construída com muita luta no final dos anos 80 e início dos 90, um movimento de base que resultou na criação da FUP. Uma entidade classista, que liderou greves históricas contra a privatização da Petrobrás e o neoliberalismo. É devido a essa unidade que a categoria tem hoje um Acordo Coletivo de Trabalho que é referência para os demais trabalhadores brasileiros e para petroleiros de várias regiões do mundo.
Com unidade nacional, os petroleiros conquistaram na luta avanços consideráveis no ACT do Sistema Petrobrás, ao longo das últimas décadas. Entre os anos 2002 e 2009, por exemplo, a FUP pactuou 36 novas cláusulas que asseguraram uma série de direitos para a categoria. Além disso, nesse período foram aprimoradas as redações de outras 24 cláusulas do Acordo, consolidando e ampliando direitos já conquistados anteriormente. Nada disso seria possível sem a força de uma entidade de luta, respeitada e representativa, como a FUP.
Petroleiros do Rio dizem sim à unidade
Os petroleiros da ativa filiados ao Sindipetro-RJ deram um passo importante nestas eleições para a reconstrução da unidade nacional da categoria. A Chapa 2, de oposição e apoiada pela FUP, venceu o pleito na ativa, confirmando que a maioria dos trabalhadores da base quer sim o retorno do sindicato à Federação. Mesmo com a evasão de mais de mil associados que o Sindipetro-RJ sofreu nos últimos anos, fruto da insatisfação da base com a divisão imposta pelos atuais dirigentes, a chapa apoiada pela FUP conquistou a maioria dos votos da ativa.
Apesar disso, a atual direção foi reeleita com os votos capitaneados entre os aposentados. A Federação reconhece a vitória da Chapa 1, mas lamenta que a direção do sindicato continue acirrando a divisão entre ativa e aposentados, fragilizando a luta dos trabalhadores. Sabemos da importância dos companheiros aposentados nas conquistas da categoria, mas o enfrentamento ao capital só é possível através da organização e luta dos que produzem. É preocupante que um sindicato classista dê as costas para os trabalhadores da ativa, priorizando a pauta dos aposentados.