Recap: trabalhadores da construção civil mobilizados contra arrocho

Os operários da Refinaria de Capuava (Recap), em Mauá, estão em pé de guerra contra a Construcap..

 

CUT

Os operários da Refinaria de Capuava (Recap), em Mauá, estão em pé de guerra contra a Construcap que, embora lucrando os tubos com as obras da Petrobrás, resistem em praticar o piso salarial já assinado por 28 empresas na região.

Após intensa mobilização dirigida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e do Mobiliário de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, os operários de 14 construtoras que prestam serviço para a Recap e outras 14 que trabalham para a PQU firmaram acordo com a categoria. O piso foi  reajustado em 8%, passando a ser de R$ 798,00 para o não qualificado e R$ 1.005,00 para o qualificado.

MESQUINHARIA – Na contramão, a Construcap está tentando impor sua mesquinha política de arrocho salarial goela abaixo dos seus 350 trabalhadores, liderando outras cinco empresas que atuam dentro da Refap para não aceitar o piso.

"O fato é que já temos acordo assinado com 28 empresas, beneficiando cerca de 3 mil companheiros. Desde o dia 25 de maio estamos em greve na Construcap, paralisação que se expandiu para essas outras empresas no dia 1º de junho. Nesta terça haverá nova audiência de conciliação, onde esperamos que as empresas tenham juízo", declarou Mauro Lopes Coelho, secretário geral do Sindicato.

Mauro destacou o importante apoio recebido das categorias petroleira e química, que vêm ampliando a pressão para que a Petrobrás também se posicione contra a brutal injustiça.