Rádio Brasil Atual: a vez e a voz da informação para a classe trabalhadora

CUT-SP

“Desde os anos 80 os metalúrgicos lutam para que sua voz seja ouvida. E consolidar a democracia passa pela democratização dos meios de comunicação”. A afirmação é do ex-presidente Lula em vídeo no qual parabeniza a CUT Brasil pelos 29 anos de fundação, comemorado com lançamento da Rádio Brasil Atual FM na noite desta terça-feira (28), no Hotel Renaissance.

A ampliação da rádio (clique aqui para ouvir), agora com programação 24 horas, é mais um projeto que consolida a comunicação como estratégia da Central e tem alcance estimado em 22 milhões de pessoas, criando uma rede de informação feita por trabalhadores e para os trabalhadores.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, parabenizou a parceria entre os sindicatos dos Metalúrgicos do ABC e dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região para construção de toda a Rede Brasil Atual e da TVT. Ele apontou a relevância destes meios de comunicação alternativa não só para a classe trabalhadora cutista, mas para os trabalhadores/as em geral, pois avalia que os meios atuais não traduzem a diversidade de opinião da sociedade. “Opinião não deve ser exclusividade de meia dúzia de donos de meios de comunicação. Vamos ver a possibilidade de expandir isso para que o Brasil tenha acesso à informação de qualidade”, disse Freitas.

O coordenador geral da Rede, Paulo Salvador, afirmou que a missão da rádio é continuar dando espaço aos movimentos sociais e sindicais, e que o projeto “não é obra só nossa, é de vocês, é de todos nós. Temos a responsabilidade pela qualidade, mas a da audiência é de vocês”, ressaltou.

Para Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT, não há como olhar para a história do Brasil, nem os avanços conquistados, sem olhar para a cor vermelha da bandeira da CUT. “Temos identidade, rosto e voz. E mostrar o rosto e a voz dos trabalhadores e trabalhadoras é uma questão fundamental e estratégica, sem abdicar da luta pela democratização das comunicações”, explicou a dirigente.

Sergio Nobre, secretário-geral da Central, lembrou que o pedido de concessão para a TV dos metalúrgicos foi feito em 1987 – entregue por Lula, então deputado federal, às mãos de Antonio Carlos Magalhães, ministro das Comunicações na época. “Ali começou não só o desafio da sustentação financeira da TV, mas da incompreensão, da reação de parte da mídia indignada com a concessão”. Nobre deixou claro que a realidade dos trabalhadores/as não está na programação das emissoras e disse que “não construímos a rádio para combater ninguém, mas para apresentar nossas ideias, para mostrar nossa realidade”.

Na mesma linha, Valter Sanches, diretor de Comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, frisou: “Não queremos ter propriedade de nada, mas ser intermediários de quem realmente produz informação”, afirmou.

“A comunicação é instrumento estratégico para a mudança social que sonhamos. A nossa comunicação é para libertar, informar, auxiliar na construção da opinião dos trabalhadores e trabalhadoras, pois ter acesso à comunicação é um direito!”, destacou Adriana Magalhães, secretária de Comunicação da CUT/SP. De acordo com a dirigente, “é muito importante que os sindicatos e as Sub-Sedes divulguem em seus boletins,  sites, redes sociais  a frequencias das rádios no Estado, vamos divulgar!”, ressaltou.