Químicos paranaenses denunciam assédio e truculência da Ultrafértil/Vale Fertilizantes na campanha reivindicatória

A empresa, negando a pauta dos trabalhadores, apresentou sua proposta que retira clausulas históricas e precariza o plano de saúde

 Sindiquímica-PR

Desde que a Vale do Rio Doce comprou a Fosfertil (ex-Bunge) há dois anos e montou seu braço de fertilizantes denominado Vale Fertilizantes, os trabalhadores e Sindicatos que representam esses trabalhadores, vem sentindo na pele o abuso de poder econômico e político da maior multinacional de mineração do País.

Em Araucária, o Acordo Coletivo de Trabalho de 2010 só foi fechado em Março de 2011, através de abaixo assinado dos trabalhadores, coagidos pela empresa. Durante as “negociações” do ACT de 2010 as atitudes da Vale Fertilizantes foram;

-Intimidação através de punições aos trabalhadores que se recusassem a fazer horas extras ou vir a trabalhar na folga;

-Alteração da jornada de trabalho sem anuência do trabalhador ou do sindicato;

-Advertência e assédio moral para 04 diretores do sindicato;

-Demissão de dois trabalhadores do setor de Manutenção;

-Descumprimento de Acordo do Ministério Publico sobre Terceirização de atividades fins;

Nas negociações de 2011, a situação vem piorando. A empresa, negando a pauta dos trabalhadores, apresentou sua proposta que retira clausulas históricas e precariza o plano de saúde praticado há anos. Tal proposta fora recusada por ampla maioria dos trabalhadores em assembléia. Convocada na SRTE-PR pelo sindicato a prosseguir nas negociações, a empresa manteve a mesma proposta de precarização e impôs o prazo do dia 19/12/11, para que aceitássemos sua proposta. Caso contrário passaria a aplicar a CLT.

Hoje, estamos sem acordo e a Vale, como forma de coação, implantou a CLT e se nega a vir negociar. Diante da resistência dos trabalhadores, novamente começaram as retaliações, a exemplo;

-Coação e intimidação dos trabalhadores a ficarem 16 horas no trabalho;

-Demissão de um Caldeireiro e advertências a outros Três;

-Suspensão das licenças e trocas para uma parte dos trabalhadores, evidenciando uma prática discriminatória;

-Discriminação dos diretores sindicais nos processos de promoção e letras;

-Proibição do Diretor sindical liberado de falar com os trabalhadores;

-Descumprindo o Termo de Ajuste de Conduta proposto pela OIT junto ao MP;

-Deslocamento do Diretor sindical da Área para o painel com o objetivo de obstruir o trabalho sindical;

A Vale, de forma unilateral, fez avaliações de risco da unidade com o objetivo de cortar o adicional de periculosidade na empresa. Assim, seremos a primeira petroquímica a não ter este adicional, porém continuamos com prolemas de saúde e segurança na unidade. Temos relatos dos trabalhadores de sofrerem constrangimentos durante as avaliações.