Rede Brasil Atual
Trabalhadores do ramo químico das cidades de São Paulo, do ABC, Campinas, Osasco, Vinhedo, Jundiaí e São José dos Campos, na base da CUT, têm a primeira rodada de negociação, para renovação do acordo coletivo da categoria, marcada esta quarta-feira (16). Os próximos encontros serão nos dias 23 e 31. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 13% – reposição da inflação e aumento real – piso salarial de R$ 1.550 e participação nos lucros ou resultados (PLR) de R$ 2.860.
“Pelo que temos verificado com relação ao desempenho das empresas e faturamento do último período, é muito possível ter um aumento real na média dos que aconteceram nos últimos anos. Não há nenhuma situação desfavorável a isso”, afirma o coordenador geral do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Osvaldo Bezerra, o Pipoka.
O acordo coletivo dos químicos tem validade por dois anos – em 2013 somente os itens econômicos estariam em pauta, mas eles também negociam cláusulas sociais que não foram discutidas anteriormente, como a redução de jornada para 40 horas semanais, com sábados e domingos livres e a extensão da licença-maternidade para 180 dias. A categoria tem data-base em 1º de novembro.
“O setor farmacêutico já trabalha 40 horas e, em algumas empresas, até menos. Então há uma pressão para que nós consigamos avançar nesse tema. Isso é fundamental, porque a maioria dos trabalhadores tem uma jornada corrida, às vezes trabalha aos sábados e domingos”, disse Pipoka.
Cerca de 180 mil trabalhadores dos setores de cosmético, químico, plásticos, material de limpeza, entre outros, são representados pela Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico (Fetquim) em mesa de negociação. A federação negocia com o Sindicato das Industrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica (Sinproquim).
Desde a semana passada, os químicos realizam assembleias nas portas de fábrica. No dia 25, os trabalhadores da capital reúnem-se em plenárias regionais para avaliar os rumos da campanha. Entre 8 e 10 de novembro ocorrem assembleias nos demais sindicatos.