Editorial da Direção Colegiada da FUP
Estamos na reta final da eleição dos novos conselheiros da Petros e mais uma vez os divisionistas apelam para mentiras, armações e acusações levianas contra a FUP, na tentativa de desqualificar os candidatos que apoiamos. O mesmo discurso vazio, cheio de chavões ultrapassados, que já são conhecidos de cor e salteado pela categoria.
Essa turma está praticamente há uma década no vácuo da FUP, à reboque dos nossos indicativos e conquistas. Nas campanhas reivindicatórias, eles fingem que negociam com a Petrobrás, mas assinam os mesmos acordos conquistados pela FUP, apesar de considerarem “rebaixados”. Nada propõem, nada conquistam, nada fazem, a não ser dividir a categoria.
No caso da Petros, os divisionistas condenam a repactuação, mas nunca procuraram sequer discutir com a Petrobrás alternativas que resolvessem os problemas crônicos do Plano Petros, como fez a FUP. Mobilizamos os participantes da ativa, aposentados e pensionistas, fomos à luta e, a duras penas, conquistamos o acordo que saneou o Plano Petros, que saiu do déficit para um superávit bilionário, e corrigiu uma série de distorções e injustiças, como o cálculo das pensões e a garantia da contribuição paritária entre ativa, assistidos e patrocinadora.
Os divisionistas e os leilões de petróleo
Os petroleiros sabem que a FUP é que de fato organiza e mobiliza a categoria, intervindo em debates estratégicos sempre a favor dos trabalhadores e aposentados, seja no âmbito da Petros, da Petrobrás ou na defesa da soberania nacional, como fizemos agora nos atos contra o leilão de petróleo.
Os divisionistas, com exceção do Sindipetro-RJ, se omitiram e ainda acusaram a FUP de tentar blindar o governo. Onde estavam enquanto a FUP ocupava por 15 horas a sede do Ministério de Minas e Energia, em protesto contra a 11ª Rodada? O que fizeram de concreto para impedir o leilão enquanto a FUP era uma das líderes do comando de ocupação do MME, em um enfrentamento direto com o governo? Nada e ainda criticam quem foi à luta.
Um comportamento típico de quem faz o jogo daqueles que defendem os leilões de petróleo e a privatização da Petrobrás. É o caso, por exemplo, da ala reacionária que continua entranhada na gestão da estatal, com o apoio da Aepet, aliada histórica dessa turma. Os mesmos que defenderam o Plano Petrobras Vida, que acabaria com o Plano Petros e os benefícios dos aposentados e pensionistas, não fosse a reação da FUP e de seus sindicatos.
O dirigente da Aepet que é candidato ao Conselho da Petros passou um ano ocupando a vaga dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás e o que fez pela categoria e por nossas bandeiras históricas, como o fortalecimento da empresa e a defesa da soberania nacional? Nada e ainda municiou a mídia com um arsenal de informações que deixou os privatistas literalmente em polvorosa.
Que tipo de conselheiro você quer na Petros? Os que mentem e utilizam os seus mandatos em prol de seus projetos políticos pessoais? Ou os que organizam os trabalhadores, respeitam suas decisões coletivas e vão à luta para avançar nas conquistas?
Antes de votar, analise muito bem os candidatos, procure conhecer suas propostas e se têm condições de conquista-las. Depois de eleito, os conselheiros terão quatro anos de mandato. Portanto, vote em quem de fato tem compromisso com os petroleiros e respaldo de entidades sérias e de luta.