Representantes das entidades que integram o Fórum em Defesa dos Participantes e Aposentados da Petros foram recebidos por Clarice Coppetti, Diretora Executiva de Assuntos Corporativos, e por Carlos Alberto Rechelo Neto, que ocupa interinamente a Diretoria Financeira. Petroleiros seguem acampados em frente ao Edisen, em vigília por uma solução definitiva para os equacionamentos
[Da comunicação da FUP]
No segundo dia da vigília da categoria pelo fim do PEDs, a presidenta da Petrobrás, Magda Chambriard convocou uma representação das entidades que integram o Fórum em Defesa dos Participantes e Aposentados da Petros para uma reunião no início da noite desta sexta, 21. No entanto, a presidenta não compareceu ao encontro.
As lideranças das entidades foram recebidas por Clarice Coppetti, Diretora Executiva de Assuntos Corporativos, por Carlos Alberto Rechelo Neto, que ocupa interinamente a Diretoria Financeira e de Relacionamento com Investidores, e mais três gestores da Petrobrás, incluindo o que participou do GT Petros e outro da Gerência de Relações Sindicais do RH da empresa.
A reunião foi realizada no Edisen, onde trabalhadores e aposentados do Sistema Petrobrás estão acampados desde quinta cobrando o atendimento das propostas apresentas pela categoria no GT Petros.
Os representantes das entidades criticaram a ausência de Chambriard, deixando claro para os gestores da Petrobrás a frustração que causaria na categoria, principalmente nos milhares de aposentados que estão sendo fortemente equacionamentos dos PPSPs, vários deles adoecidos e em grave situação de vulnerabilidade financeira.
A notícia da ausência da presidenta na reunião com as lideranças do Fórum foi também questionada pelos militantes que estão acampados em frente à sede da Petrobrás, que prometem permanecer em vigília enquanto a empresa não priorizar resolver o principal problema que a categoria enfrenta, que é acabar com os PEDs.
Na reunião com os diretores da Petrobrás, os representantes das entidades frisaram que continuarão aguardando uma próxima reunião com a presidenta Magda e tornaram a enfatizar a necessidade desse problema ser resolvido o mais rápido possível. Eles apresentaram aos gestores as alternativas que foram discutidas ao longo dos 10 meses de debate do GT Petros e também apresentaram propostas para serem discutidas conjuntamente com os órgãos fiscalizadores da Petrobrás e da Petros, como a SEST, o TCU e a Previc.
As lideranças das entidades, mais uma vez, reforçaram a urgência de uma solução que acabe de forma definitiva com os descontos abusivos da Petros que estão destruindo a vida de diversas famílias petroleiras. A petroleira aposentada, Lindomar Menezes, diretora do Sindipetro Bahia, fez um depoimento emocionado sobre os impactos dos PEDs, citando diversos casos de companheiros aposentados e pensionistas que estão com os contracheques zerados ou recebendo benefícios irrisórios, ao ponto de perderam a casa e de dependerem de cestas básicas fornecidas pelo sindicato para sobreviver.
A reunião deixou claro para os diretores da Petrobrás que, por trás de cada desconto que é arrancado dos aposentados e pensionistas para pagar a conta dos PEDs, existe uma família que está sofrendo. “Vamos continuar no acampamento, em vigília, aguardando que a presidenta da Petrobrás nos receba, tome conhecimento dessa grave situação e apresente uma saída o mais rápido possível para devolver a dignidade à nossa categoria, principalmente nossos aposentados e pensionistas”, declarou o diretor da FUP, Paulo César Martin.