Protestos no Norte Fluminense responsabilizam Bolsonaro pela alta dos combustíveis

A manhã desta sexta, 12, foi marcada por protestos contra o governo Bolsonaro em Macaé e em Campos dos Goytacazes, região Norte do estado do Rio de Janeiro. As manifestações foram organizadas pelo Sindipetro-NF, em mais uma ação contra as privatizações e por mudanças na política de preços da Petrobrás

[Da imprensa do Sindipetro NF]

Mesmo sob chuva, sindicalistas e militantes sociais realizam no Pelourinho, no Centro de Campos dos Goytacazes, nesta manhã, um protesto contra o governo Bolsonaro. O ato começou há pouco, às 10h, e foi antecedido por caminhada entre o Sindicato dos Bancários, na rua Marechal Floriano, e o local da manifestação.

Pelas ruas do Centro, a manifestação levou um caixão onde se lê “Fora Bolsonaro”. Sindicalistas também erguerem ossos de boi e pés de galinha, mostrando para a população que é este tipo de alimento que as pessoas estão precisando disputar para comer.

“Nós temos hoje mais de 20 milhões pessoas desempregadas. Nós temos mais de 40 milhões de pessoas que estão na miséria absoluta, que não têm o que comer, estão revirando lixo para poder comer”, disse o diretor do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, ainda durante a concentração no Sindicato dos Bancários.

Durante a caminhada, o também diretor do Sindipetro-NF, Tadeu Porto, chamou a população a reagir contra o governo que tem causado fome e desemprego. ” “O recado é esse. Vamos derrubar esse Bolsonaro. Se não for agora, nas ruas, que seja nas urnas”, disse.

Os manifestantes também organizaram um café da manhã para a população, em uma tenda montada no Calçadão. O objetivo foi promover um diálogo sobre a situação do país e conscientizar sobre a necessidade de reação.

O protesto “Fora, Bolsonaro” foi organizado nas últimas semanas por várias entidades sindicais e dos movimentos sociais que representam categorias como a dos bancários, metalúrgicos, profissionais da educação, petroleiros, químicos, docentes da Universidade Estadual do Norte Fluminense, técnicos, trabalhadores da Justiça, saneamento, servidores públicos, entre outras.

Em Macaé, protesto contra o PPI e visita do presidente da Petrobrás

Em macaé, a mobilização foi na entrada de Imbetiba, em Macaé, no portão da Praia Campista, para denunciar a política de preços de combustíveis da Petrobrás e os desinvestimentos da empresa na Bacia de Campos. A manifestação também serve de “recepção” ao presidente da companhia, Joaquim Silva e Luna, que tem visita marcada para a base.

“Os desinvestimentos da Petrobrás podem até gerar algum emprego no curso prazo, mas acabam com os empregos a longo prazo, porque as áreas desinvestidas deixam de produzir. E nós temos muito petróleo para explorar ainda na Bacia de Campos. Nós precisamos de investimentos, não de desinvestimentos”, afirma o coordenador do sindicato, Tezeu Bezerra.

Diretores e diretoras da entidade, junto a outros militantes sociais, estão desde o início da manhã no portão da empresa, com caminhão de som, faixas e bandeiras. O protesto deixa claro que o presidente Silva e Lula não é bem vindo à região.

“Silva e Luna, pode ir embora do Norte Fluminense porque você não é bem vindo na nossa região. Você é um traidor da pátria”, disse Tezeu.