Petroquímicos do RS
Os trabalhadores petroquímicos realizaram na manhã desta quinta, dia 16, uma manifestação para denunciar o descaso da Braskem com a categoria, com a sociedade e com o meio ambiente. A data marca os 10 anos da criação da Braskem.
Durante duas horas, os trabalhadores realizaram um “pedágio”, na rodovia Tabaí/Canoas (que leva ao Polo), e entregaram um informativo elencando pelo menos 10 razões pelas quais não tinham o que comemorar na data.
Os trabalhadores denunciaram que em 10 anos, a Baskem demitiu milhares de trabalhadores, fechou várias fábricas e extinguiu o plano de previdência dos petroquímicos e trocou os planos de saúde por outros menos abrangentes e com inúmeros problemas de atendimento. Além disso, tem abusado das terceirizações, imposto sobrecarga de trabalho e metas abusivas, aumentando a jornada de trabalho, sem pagamento de horas extras e está acabando com a PLR.
Aumentou, também a precarização das condições da segurança e o número de acidentes com os trabalhadores e ambientais, como o recente acidente com o tanque de nafta que atingiu os diretos e terceirizados de todas as empresas do Polo e obrigou as empresas a evacuarem a área dispensando cerca de quatro mil pessoas do trabalho.
Os trabalhadores também lembraram a questão do monopólio do setor nas mãos da Braskem, que tem sido ruim para as empresas de terceira geração e para alguns municípios, que viram seus repasses de ICMS diminuírem. Para piorar, um monopólio garantido com as benesses de sucessivos governos e com financiamento público.
A categoria lembrou, por fim, os prejuízos e ataque a direitos só não foram maiores, pela resistência e reação da categoria. Que tem realizado sucessivas manifestações e atos, e tentado bloquear as insistentes perversidades da Braskem.
Por tudo isso reafirmam: em dez anos de Braskem no Polo, nada se tem a comemorar.
Participaram da atividade trabalhadores de outras categorias, representações de movimentos sociais, autoridades e a CUTRS