Sindipetro-RN
Aprovação dos indicativos propostos pelo Conselho Deliberativo da FUP por maioria superior a 80%. Este é o resultado parcial acumulado das assembleias de trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás, realizadas no Rio Grande do Norte, até o final da manhã desta terça-feira, 19. A tendência é de que a proposta de PLR apresentada pela Petrobrás seja massivamente rejeitada e que o Estado de Greve seja reafirmado pela categoria. Obedecendo ao calendário traçado pela diretoria do SINDIPETRO-RN, já foram realizadas sessões deliberativas na sede administrativa da Termoaçu, em Natal; no Polo Guamaré; no embarque dos trabalhadores das Plataformas Marítimas; na sede administrativa da Petrobrás, em Natal; e, na Base 34, em Mossoró.
Avaliação – Durante as assembleias, nos debates preliminares de avaliação do movimento, os trabalhadores têm destacado que as mobilizações realizadas nas últimas semanas, com destaque para a jornada de 28 de janeiro, foram decisivas para quebrar a intransigência da direção da Petrobrás. Segundo eles, foram essas demonstrações concretas de disposição de luta que fizeram com que a Empresa viesse a apresentar, no último dia 14, uma proposta com novos valores para a PLR 2012 e um calendário para discussão do regramento do pagamento das PLRs futuras. Por essa razão, a grande maioria entende que as mobilizações em busca de valores justos e do regramento da PLR devem prosseguir, sobretudo, porque foram conquistados espaços de negociação.
Segundo compromisso assumido pela Petrobrás, uma nova rodada de entendimentos deve acontecer no dia 7/03. Também nesta data, será aberto o processo de discussão do regramento do pagamento das PLRs futuras, com prazo para conclusão em 10/05. Já, para a quitação da PLR-2012, a promessa da Petrobrás é de efetuar o pagamento em 1º de julho.
Gestão – Outro tema que vem sendo bastante discutido nas assembleias é o caráter neoliberal da gestão Graça Foster. Os trabalhadores criticam, principalmente, a política de redução de investimentos e a intensificação das práticas de assédio moral. Em todo o Estado, a “nova” política da Companhia vai impondo forte retração na atividade econômica do petróleo, com acentuado rebaixamento das condições de trabalho, súbito crescimento do desemprego e empobrecimento da população.