O Sindipetro Bahia acompanhou na quinta-feira (23), um grupo de pesquisadores, a maioria geógrafos, em um tour educacional de reconhecimento dos portos (Aratu e Temadre) e de áreas industriais, como a RLAM. O objetivo foi mostrar aos 10 professores de diversas universidades do país, a exemplo da USP e PUC- Rio, como funciona a logística que envolve a chegada e o escoamento da produção nesses locais.
O professor e engenheiro Roberto Moraes, do Instituto Federal Fluminense explicou que o grupo pesquisa os circuitos espaciais do petróleo no Brasil e já realizou esse estudo no Rio de Janeiro. Agora, de acordo com Moraes, a pesquisa está sendo realizada em São Paulo e as primeiras análises na Bahia.
Estamos identificando como é que a produção de petróleo em terra, como o recebimento de petróleo através do porto e dos dutos se integram, são beneficiados e depois exportados. E ainda como movimenta a economia de uma região, cria impactos positivos e negativos sobre uma região” esclarece Moraes.
Os diretores do Sindipetro, André Araújo e Elisabete Sacramento acompanharam os pesquisadores na visita e lamentaram que a direção da RLAM e da Fafen não permitiram que os professores entrassem nas unidades para aprofundar a pesquisa.
Mas fizemos o que estava ao nosso alcance, explica Araújo “ passamos para eles informações que pudessem contribuir no desenvolvimento desse trabalho, ressaltando os impactos que algumas cidades do recôncavo baiano já vêm sofrendo por conta da diminuição do investimento da Petrobrás, e os danos sociais por conta dessa política equivocada, que a Petrobrás tem implementado no Nordeste”.
Também participaram da visita os pesquisadores Cláudio Zanotelli (Universidade Federal do Espírito Santo), Edilson Pereira Júnior (Universidade Estadual do Ceará), Artur Sérgio (FAETERJ) , Regina Tunes (UERJ), Eveline Algebai (UERJ), Sandra Lencioni (USP), Álvaro Ferreira (PUC-Rio), Leandro Dias de Oliveira (UFRRJ) Floriano de Oliveira (UERJ).