Vermelho
Os professores da rede municipal de São Paulo decidiram, em assembleia ocorrida na quarta-feira (8), manter a greve iniciada na sexta (3). Uma nova assembleia já está marcada para terça-feira (14), às 14 horas, em frente ao gabinete do prefeito, no Centro da capital paulista.
Segundo o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), o governo não ofereceu nada além da fixação dos novos valores padrões de vencimentos e de pisos aos integrantes do Quadro do Nível Básico e do Quadro do Nível Médio da Prefeitura. O índice de 0,82% – sobre os padrões de vencimentos de todos os servidores ativos, aposentados e pensionistas – oferecido, por exemplo, é um aumento linear retroativo a novembro de 2011 conforme determina a lei salarial do município de São Paulo.
Também os reajustes apresentados pelo município de 10,19%, em maio de 2013, e 13,43%, em maio de 2014, são, na verdade, conquistas obtidas nas negociações de 2011 e 2012.
Ainda de acordo com os professores, o governo apresentou formalmente a proposta de aplicar 11,46% de reajuste, referente ao substitutivo ao Projeto de Lei nº 155, que tramita na Câmara Municipal desde o ano passado e é defendido pelas entidades sindicais de servidores municipais.
Inicialmente dividido em cinco parcelas foi, posteriormente, reduzido para três parcelas. Com o aceite da proposta da quase totalidade das entidades, o governo passou a vincular a efetivação da proposta à concordância de que nenhum outro reajuste seria aplicado nos próximos três anos.
Com a recusa das entidades em aceitar a proposta de reajuste total de 11,46% para todos até 2016, o governo retirou do Protocolo de Negociação a cláusula que garantia aumento linear, dividido em três parcelas anuais de 3,68%. Conforme a cláusula segunda do Protocolo, o governo se compromete em apenas voltar a debater com as entidades a proposta de reajuste linear de 11,46%.
A categoria também aprovou que o sindicato convidará as demais 37 entidades dos servidores públicos municipais para participar do ato e assembleia na terça, com o objetivo de unificar o movimento dos servidores municipais.