Dando sequência à reunião com a Presidência da Petrobrás, ocorrida no último dia 21, a FUP encaminhou à Graça Foster documento reiterando as propostas apresentadas pelos trabalhadores para fortalecer a empresa na luta contra a corrupção. Uma das principais cobranças é a participação nas comissões internas da empresa que estão investigando os fatos apurados pela Operação Lava Jato e as denúncias de irregularidade no contrato com a SBM.
A multinacional holandesa já afretou seis navios-plataforma para a Petrobrás e entregará outros dois até 2016, todos com a operação terceirizada. Por isso, entre as propostas defendidas pelo movimento sindical está a primeirização de todas as atividades-fim da companhia. Há anos, os trabalhadores denunciam que a terceirização tem sido a porta de entrada para a corrupção.
A FUP também cobrou que a Petrobrás opere as sondas do pré-sal que estão sendo construídas pela Sete Brasil, cuja Diretoria de Operações “coincidentemente” foi ocupada por Pedro Barusco, investigado por participação em esquemas de corrupção na estatal, quando exercia o cargo de gerente executivo de Serviços e Engenharia.
Os representantes dos trabalhadores também querem ter acesso às apurações da Petrobrás sobre as filmagens feitas em julho no escritório de Brasília, durante uma reunião preparatória para depoimento na CPI e cujo conteúdo foi vazado para a imprensa. Até hoje, a empresa não responsabilizou nenhum dos executivos envolvidos neste grave episódio. No entanto, quando se trata de trabalhadores sem “costas quentes”, a ordem é cumprir o rito sumário.
Outra cobrança feita pelas lideranças sindicais é que a Petrobrás realize uma ampla campanha de mídia que busque a valorização do trabalhador petroleiro e o resgate da importância estratégica da empresa. Um das propostas é a utilização do blog Fatos e Dados para rebater o denuncismo da mídia.
Acesse aqui FUP o documento com a íntegra das propostas encaminhadas à Graça Foster: