Posts no facebook da FUP sobre a primeira parte do debate desta quinta-feira, 19, do seminário Modelo energético: atualidade e perspectivas:
- Auditório do Anexo do Palácio do Planalto lotado de lideranças e militantes de movimentos sociais, eletricitários e petroleiros de todo o país, aguardando o início do Seminário Modelo Energético: atualidade e perspectivas
- Começa neste instante o seminário em Brasília que debate o modelo energético do país. Militantes do MAB fazem uma apresentação no plenário, denunciando os problemas gerados pela privatização da energia elétrica e o alto custo das tarifas.
- “Água e energia não são mercadoria”, bradam trabalhadores e militantes sociais, denunciando acidentes e mortes geradas pela terceirização e os altos custos da privatização para a população. Energia prá que e para quem?
- Os ministros da Minas e Energia, Edson Lobão, e da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, acompanham as apresentações dos trabalhadores e militantes sociais, no plenário do anexo do Palácio do Planalto, na abertura do seminário Modelo Energético: atualidade e perspectivas.
- Ivanei, da Coordenação Nacional do MAB, dá as boas vindas aos participantes do seminário em Brasília que debate o modelo energético, destacando que faz parte do processo de construção da plataforma operária e camponesa de energia.
- Mesa de abertura do seminário
- O ministro Gilberto Carvalho também agradece a presença dos participantes e destaca a importância do debate inédito que se iniciará em instantes sobre o modelo energético do país. Ele ressalta a importância da democracia e dos debates envolvendo os setores da sociedade na discussão de temas macro, como é o caso da energia. “Espero que esses dois dias sejam de fato de diálogo e ele será tanto mais rico quanto mais maturidade tivermos de ouvir o outro”, ressaltou.
- O ministro Gilberto Carvalho anunciou na abertura do seminário sobre modelo energético o acordo firmado com os trabalhadores da usina de Santo Antônio. Ele finalizou sua falação de boas vindas, desejando que os debates que se travarem sejam permanentes.
- Agora fala o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, saudando os participantes do seminário sobre modelo energético. Ele ressaltou a presença de diretores das empresas públicas de energia que acompanharão o debate a convite dele, dada a importância do tema.
- O ministro Edson Lobão fala de sua experiência na infância sem eletricidade e sobre a importância do governo Lula e do governo Dilma estarem levando o acesso a energia aos rincões mais pobres do país.
- O ministro Édson Lobão destaca que os atuais 112 mil megawats de energia gerados no país precisam ser dobrados nos próximos anos para dar conta do desenvolvimento e crescimento do país. Ele ressaltou que a presidenta Dilma é sensível à reivindicação dos movimentos sociais sobre a redução do preço da tarifas elétricas e que esse é um debate que prosseguirá no governo.
- O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, cumprimenta os ministros, militantes e demais participantes do seminário, destacando que a Petrobrás surgiu das lutas populares e, portanto, é muito importante que os entes sociais sejam ouvidos no debate da energia.
O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes
- Moraes segue sua falação, ressaltando a importância do seminário e do diálogo no debate do modelo energético, principalmente pelo ineditismo de se ouvir os trabalhadores e militantes sociais.
- Moraes destaca a importância do governo argentino estar buscando a retomada do controle estatal sobre a YPF e sua renacionalização. Ele lembrou que no governo FHC os neoliberais tentaram fazer o mesmo com a Petrobrás e só não privatizou totalmente a empresa devido a resistência dos trabalhadores na greve de maio de 1995, a mais importante da história da categoria petroleira.
- Moraes também ressalta na mesa de abertura do seminário sobre modelo energético o alto grau de terceirização nas indústrias do setor energético e seu impacto nas condições de trabalho dos petroleiros e eletricitários.
- Outra questão abordada por Moraes em sua falação é o modelo exportador de petróleo adotado pelo governo e que a FUP e os movimentos sociais criticam e condenam. “Vamos extinguir nossos recursos exportando petróleo para países que já são os maiores consumidores do planeta”
- Moraes também denunciou as condições inseguras de trabalho no setor petróleo, onde as mortes e amputações tornam-se rotina. Ele ressaltou que o trabalhador não pode pagar com a vida as metas de produção ao menor custo que são adotadas pelas empresas petrolíferas, principalmente as multinacionais.
- Neste instante fala Franklin Gonçalves, da FNU, fazendo sua saudação na mesa de abertura do seminário que discute o modelo energético do país. Ele destaca a complexidade do setor elétrico brasileiro, ressaltando a importância do debate que já vem ocorrendo com o governo, através da Plataforma Operária e Camponesa de Energia.
- Franklin, da FNU, destaca que um dos temas do debate é o risco que representa para o país a não renovação das concessões elétricas que vencem este ano e cuja maioria está sob o controle da Eletrobrás.
- O dirigente da FNU cobra uma posição do governo favorável a renovação imediata das concessões que estão sob o controle da estatal, para que não haja maior custo e perdas para a população e o país.
Mais de 200 pessoas participam do primeiro dia do seminário
- Franklin, da FNU, destaca a importância de retirar da lei de concessão o artigo 25, imposto por FHC, que permite a terceirização de forma indiscriminada em todas as atividades dos setores elétricos. Ele denuncia os acidentes e mortes em função desta terceirização, bem como a precarização do trabalho.
- O dirigentes da FNU fala agora sobre a necessidade de redução das tarifas elétricas, criticando a alta tributação estadual, através do ICMS, que eleva ainda mais a conta para o consumidor e compromete a qualidade do setor.
- “Vamos tratar bem os trabalhadores e as populações atingidas por barragens. Para isso, é preciso uma relação de respeito, através do diálogo constante”, fecha sua falação, Franklin Martins da FNU, na mesa de abertura do seminário sobre modelo energético.
- Joceli Andrioli, da Coordenação Nacional do MAB, fala agora no seminário, destacando que o seminário inaugura um momento importante para o país que é o povo brasileiro ser ouvido no debate do modelo energético.
- Joceli, do MAB, ressalta que o território brasileiro está constantemente em disputa e que a atual conjuntura econômica aumenta ainda mais os riscos à soberania nacional. “A pergunta então é se o esse atual modelo tem servido ao povo”, questionou.
- O dirigente nacional do MAB diz que os trabalhadores do setor elétrico não estão satisfeitos com o modelo energético do país, nem a sociedade também tem sido beneficiada pelo atual modelo. “Para nós, do MAB, esse modelo está organizado sob a ótica do capital financeiro especulativo”, destacou.
- Joceli, do MAB, segue em sua crítica sobre o atual modelo energético brasileiro, questionando quem ganha com as altas tarifas e a privatização. “Nós sabemos, são as multinacionais que revertem para o exterior os lucros. Não investem em nosso país. As regras do jogo estão muito claras, esse modelo beneficia as grandes empresas que são organizadas sob a lógica do capital, desrespeitando os trabalhadores, meio ambiente e a sociedade, que paga o alto custo das tarifas”.
- ”Como se dá o tratamento aos atingidos por barragens? Qual é o modelo energético que queremos e precisamos? A quem esse modelo deve servir? Esse é o debate aqui posto e queremos ajudar a decidir os rumos, para contribuir de fato com a sociedade brasileira”, destacou Joceli, do MAB, ressaltando a coragem do governo brasileiro em fazer esse debate aberto com os trabalhadores e movimentos sociais.
- Fala agora no seminário sobre o modelo energético o bispo Dom Guilherme Werlang, em nome da CNBB. Ele saúda todo o povo brasileiro em nome dos militantes sociais e trabalhadores presentes ao seminário, destacando que a CNBB está junto neste debate, ajudando a construir a verdade democracia.
- “Este seminário é a demonstração que estamos caminhando, ainda devagar, mas estamos caminhando para consolidar a democracia em nosso país, principalmente, através do diálogo com os movimentos sociais”, destaca Dom Guilherme, da CNBB.
- Dom Guilherme, da CNBB, no seminário que debate o modelo energético brasileiro: “Progresso e desenvolvimento de uma nação não é destruir todos os nossos recursos, pensando somente nas atuais gerações”.
- Dom Guilherme, da CNBB, critica a privatização das águas e discorda que a energia hidrelétrica seja limpa. “Nos não podemos querer o progresso a qualquer custo. Não pode ser o capital a ditar as normas. A vida humana tem que estar em primeiro lugar. Ela é o nosso motor. Privatizar a água é privatizar a vida”, destaca, cobrando que o seminário seja o primeiro passo na busca por alternativas de modelos energéticos.
- Waldir, do MST e da Via Campesina, fala nesse instante, durante a abertura do seminário que debate o modelo energético com o governo. Ele reconhece a importância do encontro e espera que os resultados sejam importantes para o momento e o futuro.
- “Pensar a questão do modelo energético é pensar o modelo de desenvolvimento que queremos para o país. Queremos soluções para resolver os problemas do país e da população e não do capital”, destacou Waldir, do MST, durante a abertura do seminário em Brasília.
- Waldir, do MST, destaca que soberania energética e soberania alimentar são questões que devem ser pensadas conjuntamente. “Esse debate é importante, mas deve apontar para mudanças se não é fazer de conta que estamos discutindo”, declarou.
- Waldir, do MST, destacou que é preciso buscar formas e metodologias para envolver toda a sociedade nesse debate, em torno das questões que serão tratadas no seminário sobre o modelo energético. “Sem luta, sem organização e sem pressão, teremos dificuldades de avançar e de alterar o atual modelo”, declarou.
- Agora, na mesa de abertura do seminário “Modelo Energético: atualidade e perspectivas”, fala o deputado federal Padre João (PT/MG). Ele destacou que é preciso olhar para trás para se ter noção dos avanços que o país teve no acesso à energia, mas o atual modelo ainda é perverso. “Temos milhões de brasileiros ainda sem energia elétrica, enquanto os grupos econômicos que comandam o setor ganham muito dinheiro”, ressaltou.
- Deputado Padre João, na mesa de abertura do seminário que debate atualidade e perspectivas para o modelo energético: “O atual modelo ainda gera injustiças. A transmissão e distribuição de energia também gera injustiças, às custas de mutilações e mortes de trabalhadores. Esse modelo é desumano, por isso, esse seminário é um marco, pois possibilita a discussão de perspectivas. Para isso, precisamos estar desarmados e abertos no esforço de buscar um outro modelo energético”.
- Após um breve intervalo, o seminário sobre modelo energético é retomado, com participação agora da platéia nos debates.
- Militantes da FUP, Sinergia, MAB, MST, FNU e outras entidades que compõem a Plataforma Operária e Camponesa de Energia se posicionam e fazem perguntas aos integrantes da mesa “A energia e a estratégia de desenvolvimento para o país”.