Primeira refinaria da Petrobrás completa 69 anos sob ameaça de privatização

 

Criada em 1950, a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, completa nesta terça-feira (17), 69 anos de existência. A Rlam foi a primeira refinaria da Petrobrás e atualmente emprega aproximadamente três mil trabalhadores, entre concursados e terceirizados, gerando renda e empregos indiretos para o município de São Francisco do Conde.

Junto com o primeiro poço de petróleo do país, o Candeias 1, a Rlam integra uma série de ativos da Bahia que foram colocados à venda pela gestão bolsonarista que assumiu a Petrobrás.

Na época da sua construção, a Rlam estava sendo impulsionada pela descoberta do petróleo na Bahia e pelo sonho de uma nação independente em energia. Um sonho que vai se tornando distante com a soberania energética nacional sendo ameaçada pelo projeto de privatização da Petrobrás.

A Refinaria ainda foi palco de uma das principais paralisações da categoria petroleira no país, a greve de 1983, que acontecia durante a ditadura militar. A greve entrou para a história do movimento sindical petroleiro como um marco de fortalecimento da categoria, que, a partir desse momento ganhou força, importância e soube organizar e fazer a luta que garantiu muitas conquistas nos anos seguintes.

Na Rlam são refinados, diariamente, 31 tipos de produtos, das mais diversas formas. Além dos conhecidos GLP, gasolina, diesel e lubrificantes. A refinaria é a única produtora nacional de food grade, uma parafina de teor alimentício utilizada para fabricação de chocolates, chicletes, entre outros, e de n-parafinas, derivado utilizado como matéria-prima na produção de detergentes biodegradáveis.

[Com informações do Sindipetro-BA]