Desde que assumiu a Petrobrás, Aldemir Bendine vem implantando um modelo de gestão rentista, direcionado para atender ao mercado de capital. A empresa passou a ter como principais valores a “disciplina de capital” e a rentabilidade.
É desta forma que o Plano de Gestão e Negócios foi concebido. A ordem dos gestores é cumprir as metas de desalavancagem, que no jargão financeiro significa reduzir o endividamento, mas que no dicionário dos trabalhadores, é sinônimo de privatização, desemprego, corte de direitos e perda de soberania.
O desmonte do Sistema Petrobrás já está em curso em diversas áreas. Na Bacia de Campos e no Nordeste, sondas de perfuração marítima estão sendo desativadas e entregues ao mercado, gerando demissões em massa.
Nos campos terrestres, centenas de trabalhadores já perderam o emprego. O mesmo se repete na indústria naval, onde mais de 14 mil operários foram demitidos entre janeiro e junho deste ano. Outros milhares de empregos estão em risco, se a Petrobrás levar adiante o plano de desinvestimentos.
Os petroleiros não serão poupados. Direitos e conquistas também estão na linha de corte dos gestores da empresa.
Na pauta apresentada à Petrobrás, a FUP propõe alternativas de financiamento para que a companhia continue gerando emprego e renda no país e siga atuando como uma empresa integrada de energia.
A Petrobrás não é um banco e, portanto, não pode ser administrada com uma visão de curto prazo e o foco na rentabilidade dos investidores, como insiste Aldemir Bendine. O compromisso da empresa é com o país e com o povo brasileiro, esse, sim, o seu maior acionista.
Fonte: FUP