Presidente do Equador adota sistema cubano para erradicar analfabetismo

Rafael Correa, pretende acelerar as mudanças na educação do país para erradicar o analfabetismo em 12 meses…





Vermelho com agências

O presidente equatoriano, Rafael Correa, pretende acelerar as mudanças na educação do país para erradicar o analfabetismo em 12 meses. Com o apoio de Cuba, o Equador deve iniciar uma iniciativa ao estilo da Missão Manuela Espejo, que promoveu a inclusão de portadores de necessidades especiais.

“Temos problemas com o analfabetismo. Algumas mudanças, com rupturas contundentes, são necessárias”, afirmou Correa em seu programa semanal de rádio e televisão. A atração, desta vez, foi transmitida de Pifo, bairro situado no nordeste da capital.

“Por que não se fazer uma campanha similar à Manuela Espelho e assinar um acordo com Cuba para que nos mande 300 alfabetizadores para aplicar aqui o sistema ‘Eu posso, sim’?”, perguntou o presidente. Segundo ele, cerca de 700 equatorianos se somariam a esses especialistas cubanos, como se fez com a Missão Manuela Espejo.

Correa recordou que o sistema "Eu posso, sim" foi aplicado com sucesso em Pichincha para lutar contra o analfabetismo. “O que falta é nos atermos a essas coisas com contundência. Temos de ter capacidade de reconhecer que não podemos fazê-lo sem pedir ajuda estrangeira — e Cuba está disposta a ajudar-nos", ressaltou.

"Necessitamos dessas decisões, dessa audácia, dessa criatividade na educação, em educação superior, em todos os setores", enfatizou Correa, depois de reconhecer que há avanços mas falta mais “contundência” na agenda de Ciência & Tecnologia. “Quanto já se lutou pela lei de educação superior — ainda não aplicamos os instrumentos poderosíssimos que nos dá essa lei para melhorar substancialmente a universidade.”

"Sei que se está avançando, mas faltam mais avanços no Ministério de Educação, entre eles reestruturar esse ministério", frisou o presidente equatoriano. De acordo com Correa, ainda existem servidores públicos da antiga “partidocracia” e opositores ao governo que boicotam as mudanças.