Práticas antissindicais dos gestores da Repar serão apuradas pelo MPT

Dirigentes do Sindipetro Paraná e Santa Catarina constam como demitidos no NIC/Repar.





Sindipetro PR/SC

Os assédios e abusos praticados pela direção da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) contra os trabalhadores e a proibição do acesso dos dirigentes sindicais à unidade irão virar um dossiê que será entregue em breve ao Ministério Público do Trabalho (MPT)

O problema já foi tema de audiência da FUP com o MPT, no dia 21 de novembro. Na oportunidade, o representante do órgão federal, ao tomar ciência das barbáries praticadas pela empresa, declarou que o Ministério, conforme suas funções institucionais, tomará as medidas necessárias. Diz trecho da ata de audiência: “Se o MPT constatar impedimento de acesso de dirigentes sindicais no local de trabalho, essa prática, que é antissindical, terá reação imediata do MPT”.

Na manhã desta quarta-feira (30), os dirigentes sindicais Anselmo Ruoso Jr. e Leomar Setti foram até a Refinaria acompanhados de um tabelião. Eles se dirigiram até o Núcleo Integrado de Cadastros (NIC/Repar) e solicitaram a emissão de um novo crachá. A funcionária que os atendeu informou que seria impossível a confecção das novas credenciais, pois no sistema aparece que ambos estão demitidos desde o dia 20 de novembro de 2011. Com a comprovação do fato, os dirigentes foram até a catraca eletrônica principal da Refinaria. Lá, ao passar os crachás, aparecia a mensagem “SITUAÇÃO Inválido”.

O tabelião comprovou a prática antissindical e registrou o ocorrido com fotos. O fato foi registrado no Tabelionato como “Ata Notarial” e será entregue ao MPT em Brasília.