Odiado e perseguido pelas elites por promover a maior mudança social da história do Brasil, o ex-presidente Lula participará da marcha de Brasília, nesta quinta-feira, 31, principal atividade da Jornada Nacional em defesa da Democracia-Golpe Nunca Mais, que acontecerá em todo o país.
A concentração terá início às 14h no estádio Mané Garrincha, de onde os militantes seguirão em marcha às 18h até a Praça dos Três Poderes, pintando de vermelho, verde e amarelo a Esplanada dos Ministérios.
O ato político também contará com a presença de artistas e reunirá dirigentes dos movimentos sociais, partidários, sindicais, estudantis e todos aqueles que se opõem à articulação golpista orquestrada pelos setores da direita brasileira que apoiam o impeachment ilegítimo da presidenta Dilma Rousseff.
A FUP e seus sindicatos estarão presentes, com faixas e bandeiras em defesa da democracia, contra a privatização da Petrobrás e a entrega do Pré-Sal. Caravanas com petroleiros de vários estados do país já estão a caminho da capital federal.
O dia nacional de mobilização contra o golpe foi convocado pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, organizações do movimento social que unificam forças em um contexto político de retrocessos.
Além do Brasil, haverá manifestações em diversas cidades do exterior. Diversos países da América da Latina e da Europa farão atos de solidariedade à luta do povo brasileiro pela democracia.
“Há um golpe em curso, pois não há nenhuma justificativa legal para o impeachment. O que querem é tirá-la do poder sem respeitar as eleições”, explica o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas.
O processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff que se encontra no Congresso não possui justificativa legal, uma vez que, para a Constituição Federal, o chefe do poder Executivo só pode ser afastado de seu cargo caso haja comprovação de crime de responsabilidade no mandato em curso. Não há nenhuma comprovação de ato ilícito cometido pela presidenta, nem no atual mandato e nem no mandato anterior, segundo Vagner.
Para o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Brito, o golpe é dos setores que perderam as eleições e querem tomar o governo na marra, para implantar um projeto derrotado que acaba com os direitos dos trabalhadores e entrega os interesses brasileiros ao capital multinacional.
“Não estamos defendendo o governo. Temos muitas críticas ao governo Dilma. Queremos mudança drástica nesta política econômica recessiva que tem penalizado os trabalhadores. Mas não podemos aceitar golpe a um mandato obtido com a vontade das urnas. Não podemos aceitar golpe à democracia, que é um bem muito caro ao povo brasileiro. Por trás do golpe, há interesses tenebrosos contra a classe trabalhadora”, destacou Rodrigo.
Segundo Vagner Freitas, dia 31 é dia da classe trabalhadora e da sociedade brasileira ocupar todos os espaços nas ruas deste país. “É dia de luta pela democracia e contra o golpe. É dia de luta pelos direitos da classe trabalhadora, pelas políticas sociais que os golpistas querem acabar. Querem acabar com a política de valorização do salário mínimo, com a carteira de trabalho, querem acabar com nossos direitos e isso nós não vamos permitir”.
Para o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Brito, só com a união da classe trabalhadora, a maior prejudicada com a crise, conseguiremos barrar o golpe em curso no Brasil. “Convocamos todos os trabalhadores e trabalhadoras de Brasília, bem como os movimentos sociais e toda a sociedade civil para participar desse enfrentamento com as elites e tornar o ato de quinta-feira um dos mais significativos desse difícil período na história do nosso país. É um momento decisivo para garantir os direitos conquistados com muito suor, sangue e luta e a continuidade da construção de uma sociedade democrática e com justiça social”, conclama o dirigente CUTista.
CONFIRA AQUI AS ATIVIDADES CONTRA O GOLPE QUE ACONTECERÃO NESTA QUINTA EM TODO O PAÍS
Fonte: com informações da CUT