Posts do segundo dia do seminário que debate modelo energético com o governo

FUP

Acompanhe no facebook da FUP o segundo dia do seminário “Modelo energético: atualidade e perspectivas”. Nesta sexta-feira, 20, o debate conta com a participação de diretores da ANP, ANEEL, Empresa de Pesquisa Energética, diretores da Petrobrás e da Eletrobras. Representantes da FUP, FNU, MAB e Fisenge participam do debate, junto com especialistas da UFRJ e UFMT, técnicos do Dieese, militantes do MST e da CMP.

Posts no facebook da FUP sobre a primeira mesa do dia “Estado e Sociedade no planejamento e organização da indústria energética”

  • Neste instante, fala Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética do Ministério de Minas e Energia. Ele aborda a importância das hidréletricas na matriz energética do pais.
  • Tolmasquim no seminário que debate modelo energético, em Brasília: “As hidrelétricas não podem ser somente uma fábrica de energia elétrica e sim um vetor de desenvolvimento regional e isso é possível e tem sido feito pelo governo”.
  • O pesquisador e professor da UFRJ, Carlos Vainer, faz uso agora da palavra no seminário onde trabalhadores e movimentos sociais discutem política e modelo energético com o governo. Ele começa sua palestra contextualizando a energia na perspectiva histórica. “Com que heranças devemos e queremos romper?”, questiona.Em sua palestra na mesa “Estado e sociedade no planejamento e organização da indústria energética”, Carlos Vainer revisita a história da Eletrobrás. “A exclusão social que ainda existe no Brasil em relação ao consumo de energia é herança da essência da dominação de classes que ainda vigora no país”, declara Carlos Vainer.
  • Em sua palestra no seminário que debate o modelo energético, Carlos Vainer critica as parcerias público privadas no setor elétrico: “Os recursos sãos públicos, mas as usinas são privadas”.
  • Carlos Vainer encerra sua palestra no seminário “Modelo Energético: atualidade e perspectivas”, evocando o povo brasileiro a usar sua energia criativa para alterar o atual modelo energético e de desenvolvimento do país, no sentido de construir uma nova nação. “Esse seminário e os debates aqui travados comprovam que os protagonistas das mudanças que ocorrem em nosso país são e continuarão sendo os movimentos sociais e as lutas do povo brasileiro”.
  • Ainda na mesa “Estado e sociedade no planejamento e organização da indústria energética”, fala agora Franklin Gonçalves, presidente da Fnucut Federação Dos Urbanitários. Ele aborda o modelo elétrico, as condições de trabalho no setor e os impactos nas comunidades.
  • Estamos inaugurando uma nova fase dos setores sociais no debate do setor elétrico. Esse é o grande valor deste momento”, declara Franklin, da FNU.
  • O presidente da FNU, Franklin Gonçalves, encerra sua palestra na primeira mesa da manhã do seminário que debate modelo energético com o governo: “Queremos potencializar a participação dos movimentos sociais e trabalhadores nos conselhos, fóruns de decisão do governo, participando do planejamento energético, com mais democracia, fazendo valer a soberania nacional e o respeito aos trabalhadores do setor, consumidores, com redução dos impactos sobre as comunidades”.
  • Agora fala o presidente do Senge-PR, Ulisses KaniaK, o último palestrante da mesa “Estado e sociedade no planejamento e organização da indústria energética”. Ele representa na mesa a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros.
  • O presidente do Senge-PR, Ulisses KaniaK, critica a forte terceirização no setor elétrico, como forma de redução de custos e aumento de lucros pelas empresas, o que tem gerado uma grande evasão de especialistas e trabalhadores experientes, aumentando, ainda mais a precarização do trabalho e os riscos de acidentes.
  • Ulisses Kaniak encerra sua falação na mesa “Estado e sociedade no planejamento e organização da indústria energética”, lembra o compromisso do presidente Lula na discussão em 2002 sobre diretrizes e linhas de ação para o setor elétrico brasileiro, onde comprometeu-se a criar um novo modelo de gestão subordinado ao controle da sociedade.
  • Agora começam as intervenções da platéia nos debates com os palestrantes da mesa “Estado e sociedade no planejamento e organização da indústria energética”
  • O petroleiro e diretor da FUP, Abílio Tozini, faz uma intervenção no debate, criticando a terceirização de riscos e a precarização do trabalho no setor energético, em função de um modelo econômico que tem por princípio o lucro e a produção, em detrimento da vida e da soberania.
  • Neste instante o diretor geral de Itaipu Binacional, Jorge Miguel Samek, que acompanha os debates sobre modelo energético, faz uma intervenção, onde reafirma o compromisso de diálogo permanente com os movimentos sociais para avançar na construção de alternativas que possibilitem maior inclusão no acesso à energia elétrica, com tarifas mais democráticas.
  • Após uma série de intervenções de trabalhadores do setor elétrico, petroleiros, dirigentes das empresas públicas, representantes dos movimentos sociais, os palestrantes da mesa “Estado e sociedade no planejamento e organização da indústria energética” começam suas reflexões finais na primeira parte do segundo dia do Seminário Modelo Energético: Atualidades e Perspectivas.
  • O professor Carlos Vainer, da UFRJ, torna a contextualizar historicamente as lutas, avanços e o atual modelo energético, que em sua visão deve ser revertido no sentido de retomar o controle do Estado, mas que não replique o modelo centralista, tecnocrático e autoritário da ditadura militar, nem o modelo neoliberal. “Devemos abrir esse dossiê, não podemos ficar na defensiva, proponho uma conferência nacional de energia para aprofundar esse debate.
  • O presidente da FNU, Franklin Gonçalves, aborda em sua explanação final a urgência de renovar as concessões de energia elétrica que estão sob o controle das estatais. “Precisamos discutir em que condições isso se dará, sem permitir o risco destas concessões serem apropriadas pelo setor privado. Também precisamos discutir a revisão das tarifas públicas e queremos já uma posição do governo sobre isso”, declara. “Tem uma série de outras questões estratégicas que estão aqui neste debate também, como a retomada do controle público sobre todo o setor elétrico, os impactos ambientais e sobre as comunidades atingidas por barragens”.
  • O presidente do Senge-PR, Ulisses KaniaK, encerra agora sua participação na mesa declarando que é preciso, sim, rever as concessões elétricas e garantir que as empresas públicas continuem e aumentem sua participação no setor, mas é preciso ir além deste debate. “O atual modelo não pode continuar refém do mercado, temos que ter um projeto popular, comprometido com a soberania, que seja voltado para todos neste país e não para aqueles que vêm se apropriem e vão embora deixando um rastro de destruição”, ressaltou.
  • Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, começa suas considerações finais: “É muito importante esse diálogo. Saber escutar é um papel importante para quem está no governo. Temos aqui uma história que é comum a todos de resistência à privatização do setor elétrico, na qual me incluo. Ganhamos algumas batalhas e perdemos outras, mas de uma maneira geral, conseguimos preservar parte das estatais e retomar no governo Lula o papel estratégico da Eletrobrás. Papel de planejador não é fácil”.
  • Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, continua suas considerações finais, abordando agora a questão da redução das tarifas de energia elétrica. “Esta é uma discussão difícil, pois envolve uma série de questões complexas, mas para ter legitimidade, é preciso ter discussão com a sociedade, como estamos fazendo neste debate, sabendo que precisamos sempre fazer escolhas, que nem sempre são simples, e que não vão agradar a todos”.
  • Termina neste instante a primeira mesa temática desta sexta, no seminário “Modelo Energético: atualidade e perspectivas”. Após um pequeno intervalo, os debates recomeçam daqui a pouco com a segunda mesa “Estado e sociedade na regulamentação da indústria energética”, com participação do coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, do professor da UFMS, Dorival Gonçalves, e dos dirigentes das agências reguladoras: ANP e ANEE.