Porto Alegre sediará em maio Fórum pela Paz na Colômbia

CUT

Em defesa da paz com justiça social, democracia e soberania, será realizado de 24 a 26 de maio em Porto Alegre o Fórum pela paz na Colômbia, iniciativa proposta por mais de duas mil organizações populares e políticas colombianas.

De acordo com o Comitê organizador do Fórum, o objetivo do evento é “reunir os aportes de experiências, produções acadêmicas, culturais e artísticas dos lutadores pela paz, pelos direitos humanos e pela democracia de nossa América, que ajudem o movimento social colombiano a ampliar a mobilização popular pela busca de acordos legítimos para a resolução das causas sociais do conflito armado”. Neste sentido, ressaltam os organizadores, “o Fórum é de suma importância, porque aportará à participação social no desenvolvimento dos diálogos de paz entre o governo e as FARC-EP, que atualmente se realizam na cidade de Havana, Cuba”.

Em consonância com o debate dos diálogos de paz, o evento dialogará sobre três eixos transversais: justiça social; democracia e soberania. “Desses três eixos se desdobram grupos temáticos com capacidade de acolher a multiplicidade de experiências e contribuições dos diversos sujeitos sociais em torno à temática e em relação com a paz da Colômbia e seus efeitos para os povos de América Latina”.

A Central Única dos Trabalhadores participou no lançamento do comitê organizador do Fórum, ao lado do MST e de vários partidos políticos e movimentos sociais brasileiros e colombianos.

“A resolução do grave conflito colombiano, demarcado nas últimas décadas pelo autoritarismo e militarização da vida política das grandes potências, contribuirá não só para a democracia naquele país, mas em toda a região”, declarou o secretário de Relações Internacionais da CUT, alertando para o grande número de bases militares estrangeiras no país. “Compreendemos a realização deste evento como uma importante manifestação em favor da soberania e do direito à vida, particularmente dos sindicalistas que têm sido assassinados por lutarem por direitos”, acrescentou.