Por que os trabalhadores não devem votar em Sílvio Sinedino

 

Falta de transparência na relação com os trabalhadores
Durante seus dois mandatos no CA da Petrobrás, Silvio Sinedino não fez nenhuma reunião com os trabalhadores nos seus locais de trabalho ou nos Sindicatos.

Nesse mesmo período, não prestou contas dos seus dois mandatos, fazendo apenas uma divulgação parcial e limitada, mesmo assim, somente durante suas campanhas eleitorais.

Não publicou e nem divulgou nenhum dos seus votos, deixando-os registrados, somente, nas Atas das reuniões do CA a que nenhum trabalhador ou entidade sindical têm acesso.

Falta de compromisso com o mandato

 Nunca usou as cinco (5) liberações anuais, garantidas no Acordo Coletivo, para melhorar sua atuação no CA, mesmo recebendo, além do seu salário, a remuneração do Conselho.

Mesmo sendo apoiado pela direção do Sindipetro-RJ, nunca solicitou as liberações que o Sindicato tem direito, pelo Acordo Coletivo, para melhorar a sua atuação no CA.
 

Não explicou aos trabalhadores o suposto prejuízo de R$ 88,6 milhões, lançado nas Demonstrações Financeiras do 3º trimestre de 2014, aprovadas desde o dia 28/01 pelo CA, numa reunião que durou 11 horas (?!?!).

Falta de competência para desempenhar suas atividades

Não tem autoridade e representatividade política perante os demais Conselheiros; por não ter o apoio da maioria dos Sindicatos não tem poder para enfrentar os representantes do governo federal (07) e dos empresários (02) no CA.

Não tem capacidade de articulação e pressão para pressionar e modificar os votos dos representantes do governo no CA, que são a maioria, utilizando os instrumentos jurídicos e institucionais necessários.

Não se prepara adequadamente para as reuniões do Conselho e não tem assessoria econômica e jurídica para garantir o apoio técnico necessário ao desempenho do mandato.

Falta de seriedade para continuar exercendo o mandato do CA

Continua cuidando somente da sua campanha eleitoral, enquanto a mídia e todos os inimigos da Petrobrás e dos seus trabalhadores continuam atacando a empresa, afirmando que esse suposto prejuízo foi resultado da corrupção.

 Declarou que aderiu ao PIDV e, caso não vença a eleição do CA, deixará a empresa, no momento em que os trabalhadores da Petrobrás mais precisam de representantes para defendê-los da mídia golpista e dos seus inimigos, internos e externos.

Durante seus mandatos, em mais de 40 entrevistas, foi incapaz de defender os trabalhadores da Petrobrás e ofereceu informações equivocadas, fazendo coro com a grande imprensa, que sempre, ao longo da sua história, foi contra a estatal e seus trabalhadores.

Conselheiro Sinedino não explica nada sobre as decisões do CA

A categoria petroleira tem assistido perplexa, atônita e preocupada a crise política e insitucional que assola a Petrobrás, cujo ápice, até o momento, foi a renúncia coleutiva de 05 dos 07 membros da sua Diretoria.

Em meio a inúmeras denúncias de corrupção no alto escalão da empresa, comprovadas ou não, o mercado tenta impor sua lógica, pressionando o governo, através dos seus aliados de sempre, no Congresso e na grande imprensa, para destruir a Petrobrás soberana, com responsabilidade social, numa mera empresa listada na bolsa, cuja única preocupação são os seus acionistas e seu único objetivo é o lucro.  Até parece que a empresa não teve os maiores lucros e crescimento da sua história contrariando, justamente, a lógica do mercado e dos neoliberais de plantão.

Enquanto se desenrola essa grande disputa pelo controle da empresa e a grande imprensa ataca sistematicamente a nossa Petrobrás, do povo brasileiro, o Conselheiro Sílvio Sinedino, membro eleito no CA, a mais alta instância de decisão da empresa, se preocupa, apenas e unicamente, com a sua campanha eleitoral e deixa de desempenhar o seu papel estratégico para os trabalhadores da Petrobrás se limitando, apenas, a emitir uma nota no seu blog que não esclarece absolutamente nada do que está realmente ocorrendo com os resultados financeiros da empresa.

Nessa nota, o Conselheiro Silvio Sinedino se limita a informar que “Os membros do Conselho de Administração da Petrobrás não chegaram a um acordo sobre o impacto da corrupção nos ativos da empresa e, por isso, decidiram divulgar o balanço relativo ao terceiro trimestre de 2014 sem a baixa contábil”. Em seguida ele afirma que “ O valor apresentado por duas auditoras independentes, de R$ 88,6 bilhões, foi obtido aplicando-se uma uma taxa de desconto sobre ativos da ordem de 12% ao ano. Entretanto, o usual na Petrobrás é aplicar um percentual de 6,% ao ano”. Ao final ele conclui a nota, informando que os conselheiros acordaram em dar mais prazo para as auditorias chegaram a um valor realmente consistente e que o prazo final para apresentação do balanço financeiro relativo a 2014 será 30 de abril.

Apesar dessa nota, as Demonstrações Financeiras do terceiro trimestre de 2014, foram publicadas pela Diretoria e a grande mídia e os “agentes de mercado” continuaram atacando a empresa e cobrando que a Petrobrás apresente os resultados das perdas proporcionadas pelos casos de corrupção. Todas as notícias sobre a publicação dessas Demonstrações destacam apenas os resultados ruins apresentados pela empresa. Cabe indagar quais os interesses por trás desta seleção de notícias? A resposta é simples: os agentes do mercado nacional e internacional.

Na tentativa de dar uma resposta a estas pressões, a empresa fez uma reavaliação de 31 ativos na tentativa de saber qual seu “valor justo” e identificaram R$ 88,6 bilhões acima desse valor. Para os desinformados, como o seu Sílvio Sinedino, ou mal intencionados, esse seria o tamanho do “prejuízo causado pela corrupção” na Petrobrás. Há uma confusão, ao que parece proposital, nesta conta e na divulgação desses valores, pois misturam problemas relacionados à mudança no setor (quase a totalidade do valor divulgado), que a empresa não tem nenhum controle sobre isso, e possibilidades de superfaturamento em projetos.

Com um olhar mais atento nos Resultados publicados pode-se identificar os fatores que levaram a esta soma de R$88,6 bilhões, pois incluem mudanças na taxa de câmbio e, principalmente os efeitos proporcionados na queda do preço do petróleo, 50% no último ano. A publicação, como foi feita pela ex-Diretoria da Petrobrás conseguiu piorar ainda mais a crise por que passa a empresa, aprofundando-a.

Importante destacar que o preço do petróleo sobe e desce ao sabor de várias variáveis: a demanda, o consumo, o câmbio, fatores climáticos e etc. Os investimentos são de longo prazo e não cabe reavaliar os mesmos ao sabor da queda ou aumento dos preços. Isto traz uma instabilidade muito grande para os números da empresa e proporciona uma confusão com sua divulgação neste momento, dando asas e munição para aqueles que querem acentuar a crise da companhia. 

Ficam algumas perguntas no ar: por que a ex-diretoria adotou esse tipo de ajuste? Por que o Conselheiro Sinedino não esclareceu esses fatos para os empregados? Por que ele não procurou a grande imprensa para esclarecer a real situação financeira e contábil da empresa e se contrapor aos novos ataques que a Petrobrás e seus trabalhadores estão sendo vítimas? Incompetência? Falta de compromisso? É por todos esses fatos que os empregados da Petrobrás não devem, de forma alguma, votar em Sílvio Sinedino para o CA da Petrobrás.