Por Jancileide Morgado, diretora do Setor Privado do Sindipetro-NF, e Bárbara Bezerra, Técnica de Segurança da U0-BC
Você sabe quantas mulheres trabalham em uma plataforma? Você sabe quais as funções?
Sim, são poucas. Em média, apenas 3% do quadro de embarcados é feminino. Muitas vezes apenas 1%. E em algumas embarcações, não há vagas femininas. Mas, e as funções? São distintas para homens e mulheres? Na maioria das vezes, não. Vemos duas funções como maioria de ocupação feminina, que é a Técnica em Química e a Comissária de Bordo. No mais, as funções são majoritariamente masculinas.
Mas, por que será que isso acontece? Será que as mulheres não têm habilidades para as demais funções? Se fizermos uma pequena pesquisa histórica, vemos que houve gerentes femininas, existem Coordenadoras, Mestre de Cabotagem, Rádio operadoras, Operadoras de Produção, Supervisoras, Pintoras, Soldadoras, Técnicas em Segurança e Enfermagem. O que nos leva a concluir que não faltam habilidades, nem disposição das mulheres em realizar atividades prioritariamente “masculinas”.
Todavia, faltam leitos femininos. Faltam vagas femininas. As plataformas estabelecem um número ínfimo de camarotes femininos, o que dificulta as mulheres serem um número maior em nossa categoria. E sabe qual a diferença de um camarote feminino para um masculino? Nenhuma! Exceto que o feminino é mais limpinho e cheiroso!
Portanto, que tal um GEPLAT tornar sua plataforma mais feminina, ofertando um número maior de camarotes para tal?
Garanto que somos competentes e contribuímos positivamente para a melhoria do ambiente de trabalho. Nossas “Ilhas de ferro” já são hostis por natureza, não precisamos de mais empecilhos para torná-las um ambiente de trabalho misto e com direitos iguais.