Por mais direitos, CUT/SP e movimentos populares participam do 1º de Maio no Anhangabaú

Ato terá momento político, ecumênico e cultural para alertar população sobre o golpe

Pela democracia e por mais direitos, a CUT São Paulo e as entidades que compõem a Frente Brasil Popular participam no próximo domingo do tradicional 1º de Maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, no Vale do Anhangabaú, centro da capital paulista, a partir das 10h.

A atividade deste ano terá um caráter de assembleia popular da classe trabalhadora, que tem se mobilizado contra o golpe em curso no Brasil, e na defesa da democracia e dos direitos trabalhistas e sociais conquistados nos últimos anos.

Para isso, o ato será composto por um momento inter-religioso, seguido pelo político, com a presença de lideranças partidárias e dos movimentos sociais e sindical, e um outro momento com shows e atrações culturais.
Estão confirmadas as participações de Beth Carvalho, Martinho da Vila, Detonautas, Chico César e Luana Hansen. Também haverá feira gastronômica, unidades móveis de atendimento, atrações para as crianças e outros serviços à população.

Segundo Douglas Izzo, presidente da CUT/SP e coordenador da Frente Brasil Popular no Estado, a atividade deste ano reafirma a defesa dos direitos trabalhistas e do respeito à democracia. “Iremos alertar para o conjunto da classe trabalhadora e dos movimentos populares que o golpe em curso é a tentativa da direita de retornar ao poder para flexibilizar as leis trabalhistas e descontruir tudo aquilo que foi construído com muita luta”.

Contra o retrocesso

O 1º de Maio de 2016 acontece num cenário de golpe no Brasil, em que um governo democrático e popular, reeleito com mais de 54 milhões de votos, corre o risco de ser destituído sem que haja crime de responsabilidade, como determina a Constituição.

Para piorar, o país pode passar a ser governado por Michel Temer, citado em delações da Operação Lava Jato, e Eduardo Cunha, réu no Supremo Tribunal Federal e acusado de participação em diferentes crimes. Ambos são do PMBD, partido que já sinalizou, por meio do documento “Ponte para o Futuro”, a necessidade de mexer nos direitos trabalhistas e sociais conquistados nos últimos anos, além de ameaçar a continuidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e de propor privatização das empresas públicas, entregando o patrimônio nacional a grupos estrangeiros.
“Além de lutar pela manutenção da democracia, estamos, ao mesmo tempo, apontando aos golpistas que não aceitaremos nenhum tipo de retrocesso”, finaliza Douglas.

SERVIÇO
1º de Maio – Assembleia Popular da Classe Trabalhadora contra o Golpe, na Defesa da Democracia e Por Nossos Direitos
Quando: Domingo (1º de Maio), a partir das 10h
Onde: Vale do Anhangabaú

Fonte: CUT Foto: Dino Santos