Plenária Nacional da CUT reforça luta por nova estrutura sindical

Coordenador da FUP fala em ato público contra as privatizações, em nome das demais federações





Imprensa da FUP

Mais de 600 delegados e militantes participaram da 13ª Plenária Nacional da CUT, realizada, em Guarulhos, em São Paulo. Representantes da FUP e de seus sindicatos também estiveram presentes, contribuindo para os debates que apontaram a necessidade de uma nova estrutura sindical, que fortaleça a liberdade e autonomia dos sindicatos. A plenária foi aberta na noite do dia 04 e seguiu até sexta-feira, 07, quando foi realizado um ato público contra as privatizações dos portos e aeroportos. 

Uma das resoluções da plenária foi o lançamento de uma campanha nacional de mídia e nas bases, em defesa da ratificação da Convenção 87 da OIT, que trata da liberdade e proteção ao direito de livre organização sindical. A campanha também defenderá a substituição do imposto sindical por uma contribuição negocial definida pelos trabalhadores. 
 
A plenária também fortaleceu a intervenção da CUT nos principais embates colocados pela conjuntura, como a luta contra todas as formas de terceirização, por ganho real de salário, em defesa do Piso Salarial Nacional do Magistério, contra os leilões de petróleo e a privatização dos aeroportos. Outra resolução é estimular o debate pela paridade entre homens e mulheres nos cargos de direção da CUT, tanto em âmbito nacional, quanto estadual.
 

Privatização não!

Organizado pelos sindicatos de aeroviários e aeroportuários, foi realizado nesta sexta-feira, 07, em Cumbica, um ato público contra a privatização dos portos e aeroportos. A manifestação contou com a participação dos delegados e militantes que acompanharam a 13ª Plenária Nacional da CUT. O terminal de passageiros instalado em Guarulhos é um dos três que, segundo os planos do governo federal, deverá ser leiloado para a iniciativa privada. Os aeroportos de Brasília e de Viracopos, em Campinas, também estão no programa de privatização. O prazo para a concessão varia de 20 a 30 anos. A licitação do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), na região metropolitana de Natal, já foi realizada em julho. O ato também comemorou o Dia Mundial do Trabalho Decente, uma das principais plataforma de luta da CUT. 
 

Fim dos leilões de petróleo 

O ato no aeroporto de Cumbica e a Plenária Nacional da CUT também destacaram a luta contra os leilões de petróleo. O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, falou em nome das demais federações e ressaltou que a conjuntura  internacional aponta para o fortalecimento do Estado. “A realidade demonstra claramente que a ausência do Estado na economia fragiliza as nações e tem se revelado um imenso fiasco, levando muitos países à derrocada. O governo brasileiro se elegeu com uma posição que expressava o sentimento do nosso povo contra as privatizações. A manutenção dos leilões do petróleo é um contrassenso, assim como a privatização dos aeroportos. Isso é um erro estratégico grave, pois fragiliza a economia e a soberania nacional”, enfatizou Moraes.