O debate sobre o petróleo enriqueceu as discussões políticas da IV Plenária, apontando a…
Com informações da CNQ
O debate sobre o petróleo enriqueceu as discussões políticas da IV Plenária, apontando a necessidade de todo o ramo químico abraçar a luta pela soberania do povo brasileiro e de uma nova lei do petróleo
Antes de abrir a palavra ao plenário, João Antonio de Moraes fez um balanço de todas as atividades e mobilizações realizadas até agora contra a CPI da Petrobras, trazendo um pouco da visão política da FUP (Federação Única dos Petroleiros) sobre a questão do pré-sal.
Informações e idéias
“O pré-sal é a grande descoberta de reserva de petróleo e gás no mundo, nenhuma descoberta foi tão gigantesca e tão importante, deverá dobrar o tamanho da Petrobrás, e deve melhorar a vida do povo brasileiro”.
“A Petrobras é a quarta empresa mais respeitada do mundo, representa 10% do PIB brasileiro, representa 40% do PAC, está entre as 10 maiores petrolíferas do mundo e a perspectiva é que daqui a dez anos esteja entre as quatro empresas maiores do mundo”.
“Antes de Lula, a Petrobras tinha 28 mil funcionários, hoje tem 54.900 funcionários diretos; 180 mil terceirizados e gera 5 milhões de empregos indiretos. O lucro antes de Lula: 7 bilhões de reais , hoje: 36 bilhões. O crescimento da empresa se dá numa mudança de rota política com o governo Lula. A descoberta não foi mero acaso, foi o resultado do investimento feito na Petrobras”.
“O que está sendo disputado pelas diversas frentes a partir do Pré sal é com que ficará a apropriação da riqueza que virá dessa exploração e produção”.
“Com a atual crise financeira, a discussão do pré sal é mais política do que econômica. Qualquer um pode sobreviver sem um banco, sem um automóvel, mas ninguém dá um passo sem o petróleo, sem energia. A reserva do pré-sal corresponde a mais de 100 bilhões de reservas de petróleo, portanto, o Brasil pode tornar-se a maior reserva petrolífera do planeta. O nosso debate tem que ser pela lógica do controle político dessas reservas, quem tem que controlar: a sociedade e o Estado”.
"Ainda há pouco envolvimento da militância do ramo nesse debate. A CNQ e a FUP precisam ser protagonistas da discussão desta nova lei e não meros espectadores das discussões do capital e do governo”.
“O que nós não conseguimos fazer, a direita fez: conseguiu aprovar a CPI da Petrobras. É fato que essa CPI tem um viés eleitoral, mas a discussão do pré-sal é muito maior do que vários mandatos na presidência da república”.