Plenária da CNQ aponta unificação na luta pelo petróleo

O debate sobre o petróleo enriqueceu as discussões políticas da IV Plenária, apontando a…

Com informações da CNQ

O debate sobre o petróleo enriqueceu as discussões políticas da IV Plenária, apontando a necessidade de todo o ramo químico abraçar a luta pela soberania do povo brasileiro e de uma nova lei do petróleo

Uma das principais mesas de debates da IV Plenária da CNQ, que encerrou-se nesta quarta-feira, 22, foi o tema “Em defesa da soberania e por uma nova lei do Petróleo”. Os petroleiros Cairo Garcia Corrêa (Sindipetro-NF) e Anisvaldo Bonfim Daltro (Sindicato da Bahia) introduziram os assuntos com apresentações abordando um histórico da Petrobras; as lutas da sociedade brasileira em defesa do nosso petróleo; o significado da descoberta do pré-sal e os interesses em jogo, e pontuando as posições do governo, das empresas privadas, da Petrobras e do movimento sindical.

Antes de abrir a palavra ao plenário, João Antonio de Moraes fez um balanço de todas as atividades e mobilizações realizadas até agora contra a CPI da Petrobras, trazendo um pouco da visão política da FUP (Federação Única dos Petroleiros) sobre a questão do pré-sal.

 Informações e idéias 

 
Acompanhe a seguir algumas informações, afirmações e idéias que apareceram durante o debate:

“O pré-sal é a grande descoberta de reserva de petróleo e gás no mundo, nenhuma descoberta foi tão gigantesca e tão importante, deverá dobrar o tamanho da Petrobrás, e deve melhorar a vida do povo brasileiro”.

“A Petrobras é a quarta empresa mais respeitada do mundo, representa 10% do PIB brasileiro, representa 40% do PAC, está entre as 10 maiores petrolíferas do mundo e a perspectiva é que daqui a dez anos esteja entre as quatro empresas maiores do mundo”.

“Antes de Lula, a Petrobras tinha 28 mil funcionários, hoje tem 54.900 funcionários diretos; 180 mil terceirizados e gera 5 milhões de empregos indiretos. O lucro antes de Lula: 7 bilhões de reais , hoje: 36 bilhões. O crescimento da empresa se dá numa mudança de rota política com o governo Lula. A descoberta não foi mero acaso, foi o resultado do investimento feito na Petrobras”.

“O que está sendo disputado pelas diversas frentes a partir do Pré sal é com que ficará a apropriação da riqueza que virá dessa exploração e produção”.

“A Campanha unificada O Petróleo tem que ser nosso, da qual a CUT e a CNQ participam, defende o cancelamento dos leilões anteriores, mudança na lei restabelecendo o monopólio estatal e construção de um fundo social com investimentos voltados para a educação, ciência tecnologia e fim da miséria e pobreza, entre outros”.

“Com a atual crise financeira, a discussão do pré sal é mais política do que econômica. Qualquer um pode sobreviver sem um banco, sem um automóvel, mas ninguém dá um passo sem o petróleo, sem energia. A reserva do pré-sal corresponde a mais de 100 bilhões de reservas de petróleo, portanto, o Brasil pode tornar-se a maior reserva petrolífera do planeta. O nosso debate tem que ser pela lógica do controle político dessas reservas, quem tem que controlar: a sociedade e o Estado”.

"Ainda há pouco envolvimento da militância do ramo nesse debate. A CNQ e a FUP precisam ser protagonistas da discussão desta nova lei e não meros espectadores das discussões do capital e do governo”.

“O que nós não conseguimos fazer, a direita fez: conseguiu aprovar a CPI da Petrobras. É fato que essa CPI tem um viés eleitoral, mas a discussão do pré-sal é muito maior do que vários mandatos na presidência da república”.