Plebiscito pelo limite de propriedade da terra teve participação maciça de trabalhadores e entidades

Grande número de pessoas atendeu ao chamado da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura…





Vermelho

Grande número de pessoas atendeu ao chamado da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag) e de outras 53 entidades que integram o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA) e participaram da votação do plebiscito popular pelo limite da terra, durante a semana da Pátria (1º a 7) e do abaixo-assinado que será encaminhado ao Congresso Nacional.

Em algumas localidades do País a consulta popular vai prosseguiu até  este domingo (12). A Coordenação Nacional da mobilização vai divulgar resultado no final deste mês.

Para o coordenador nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Edmundo Rodrigues Costa, o plebiscito conseguiu colocar de novo na pauta política do Brasil o debate sobre a reforma agrária e chamar a atenção da sociedade para a questão da soberania territorial e da segurança alimentar:

“O plebiscito foi positivo por que favoreceu o debate com a população brasileira sobre a reforma agrária com lideranças comunitárias, estudantes e professores, sobre a quantidade de terras griladas e devolutas que poderiam servir para a reforma agrária, para criação de assentamentos”

O coordenador da CPT ressaltou que o plebiscito trouxe à tona dados importantes sobre a questão agrária no Brasil.

Dados oficiais

“Nós tivemos a oportunidade de mostrar por meio dos dados oficiais que o Brasil é um país com grandes propriedades de terra, e muita gente não tinha essas informações. Na realização do plebiscito, nos debates, nas palestras, foi possível trazer informações para a sociedade, para que ela pudesse se entusiasmar a votar pelo limite da propriedade de terras neste País”.

Para Luis Claudio Mandela, da Cáritas Brasileira, a realização do plebiscito em ano de eleições foi importante para aprofundar o debate sobre o desenvolvimento do país

“Em um ano de eleições, onde você tem a possibilidade de fazer um debate mais profundo sobre os caminhos do país, principalmente da inclusão das pessoas que estão em situação de empobrecimento, realizar um plebiscito para debater pauta tão importante e como isso impactar no modelo de desenvolvimento e na situação da população pobre, tanto da zona rural como da zona urbana, é fundamental e muito positivo”

Mandela acrescenta que os plebiscitos populares devem ser uma prática da realidade brasileira.