Decisão de parada parcial só aconteceu após o Sindipetro NF divulgar vazamento.
A P-40 encontra-se parcialmente parada, produzindo somente um poço surgente (aqueles com pressão suficiente para produzir sem injeção de gás) e queimando o gás a ele associado, enquanto ocorre o reparo da linha que vazou na sexta, 25. O sindicato não tem informação de quanto tempo levará para que a plataforma possa voltar a produzir normalmente.
Na madrugada da sexta, 25, na P-40, foi identificado um vazamento de condensado de gás combustível, em uma linha que, desde 2010, está com um reparo "provisório", a chamada "múmia”. Trabalhadores da plataforma informaram ao sindicato que havia recomendação anterior para que o reparo provisório fosse substituído por um definitivo. Para sanar o vazamento seria preciso parar o fluxo da linha com defeito. A parada parcial só foi realizada na noite de sexta, duas horas e meia após o sindicato emitir nota criticando a demora da decisão de parada da linha.
A Petrobras, consultada por órgãos de imprensa, emitiu nota com o seguinte teor: “o vazamento é de quantidade mínima e não há risco de explosão ou aos trabalhadores da unidade”. De acordo com a empresa “o vazamento ocorre em local isolado da plataforma, foi monitorado por sensores. Logo que o vazamento foi identificado foi feita análise de risco, cujas conclusões foram discutidas e aceitas pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Técnicos da empresa estão providenciando o reparo, no local”.
Segundo apurou o sindicato, para os trabalhadores a situação durante o período em que o condensado de gás vazou era de risco. Por esse motivo, ao longo da sexta, 25, foram realizadas, à bordo da plataforma, reuniões para discutir o assunto, inclusive uma extraordinária da CIPA da plataforma. Segundo informações recebidas pelo sindicato, a decisão das reuniões era monitorar o vazamento e manter a produção. Situação bem diferente da que leva a concluir a nota da Petrobras.
No entanto, às 19h30 da sexta, 25, duas horas e meia após o sindicato divulgar nota criticando a manutenção da produção, a plataforma iniciou procedimento de parada. Ou seja, somente após os órgãos de imprensa contatar a empresa para obter um posicionamento.
A última informação recebida é de que os profissionais envolvidos continuam realizando tentativas de reparo provisório na linha que vazou, ainda sem sucesso.