O diretor do Sindipetro Bahia, técnico de segurança da Petrorecôncavo, Luiz Matos Júnior, foi demitido na segunda-feira, 07/08, juntamente com outros 19 trabalhadores.
A demissão é arbitrária e ilegal, uma vez que Matos é dirigente sindical eleito e tem garantida na lei a estabilidade no emprego. Para o diretor do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, a demissão é política devido à postura de Matos como dirigente sindical dentro da empresa. “Ele está presente no chão da fábrica, no dia a dia, cobrando os direitos dos trabalhadores, denunciando o assédio moral e a falta de segurança, e nesse aspecto a própria base reconhece Matos como diretor atuante”.
Para Radiovaldo “isso incomodou a direção da empresa. A perseguição já vinha acontecendo, tanto que em janeiro a empresa deu dois dias de suspensão ao dirigente sindical, que, aliás, é reconhecido até pelos próprios gerentes como um funcionário exemplar. Portanto, não resta dúvidas de que ele foi demitido em represália à sua atuação”.
O Sindipetro procurou a direção da Petrorecôncavo e explicou que a demissão era ilegal devido ao diretor ter estabilidade no emprego. De nada adiantou. A resposta foi que a decisão havia sido tomada pelo Conselho de Administração da empresa e que ela vai bancar essa demissão por entender que ele não tem direito a estabilidade.
Para o coordenador do Sindipetro Bahia, “a empresa desconsidera direitos assegurados aos dirigentes sindicais, pois a estabilidade tem justamente o objetivo de garantir o trabalho do dirigente no seu dia a dia”. Diante disso, afirma Deyvid, “a direção do Sindipetro não irá se intimidar e vai tomar uma posição dura em relação à Petrorecôncavo, com medidas políticas e jurídicas para reverter essa demissão ilegal”.
Deyvid chama a atenção dos trabalhadores, “que devem ficar atentos e entender que essa atitude da Petrorecôncavo é uma antecipação da reforma trabalhista. Eles já estão se sentindo à vontade para agir acima da lei e atacar os direitos dos trabalhadores e por isto o sindicato insiste que só com a unidade e luta da categoria poderemos barrar esse tipo de arbitrariedade”.
Fonte: Sindipetro-BA