Durante o ato, que durou cerca de quatro horas, a categoria repudiou a atitude das empresas, que apresentaram uma proposta rebaixada de 7,8%, inferior aos 8% propostos e já rejeitados na Bahia e em Alagoas.
Os trabalhadores do Polo Petroquímico do RS realizaram, na manhã desta sexta, 21, manifestação no km 423, da Rodovia BR 386 (Tabaí/Canoas). Durante o ato, que durou cerca de quatro horas, a categoria repudiou a atitude das empresas, que apresentaram uma proposta rebaixada de 7,8%, inferior aos 8% propostos e já rejeitados na Bahia e em Alagoas. Em votação durante a manifestação, os trabalhadores também reafirmaram a proposta de 13,6% de reajuste salarial, extensão das cláusulas do atual Acordo com a Braskem para todos os trabalhadores do Polo, auxílo-educação, licença-maternidade de 6 meses, entre outras reivindicações.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo/RS (Sindipolo), Carlos Eitor Rodrigues, a proposta apresentada pelas empresas é uma brincadeira e uma provocação com a categoria que deu como resposta a paralisação que atrasou o início da jornada em cerca de quatro horas.
No final da atividade, os trabalhadores além de reafirmaram a proposta, também deliberaram por intensificar as mobilizações, caso as empresas não marquem reunião até quarta-feira da semana que vem e não avancem nas negociações.
Durante a assembléia realizada no local, os trabalhadores também aprovaram a proposta de Acordo de Parada de Manutenção apresentado pelo Sindipolo à Braskem. Neste acordo, a categoria busca garantir condições de segurança, além do Prêmio de parada de 180 horas. A Parada de Manutenção da Braskem inicia já na próxima semana e deve se estender até final de novembro.
Manter a mobilização
O Sindicato também ratificou a importância da categoria permanecer mobilizada. Desde o início a entidade tem avaliado esta negociação como difícil e a postura das empresas, especialmente a Braskem, vem demonstrando isso.
Neste sentido, a entidade alerta para a necessidade de os trabalhadores estarem unidos e preparados para novas e mais fortes manifestações.
Participaram do ato em apoio aos petroquímicos, representantes de diversas categorias como metalúrgicos, petroleiros, papel e papelão, químicos de Montenegro, trabalhadores dos Correios, bancários, judiciário estadual, terceirizados do Polo, sindicatários, cargas líquidas e perigosas, CUT e lideranças políticas.