Petroquímicos da Elekeiroz também param atividades no Polo de Camaçari, na Bahia

Os trabalhadores diretos e terceirizados da empresa Elekeiroz, no Polo de Camaçari, na Bahia, aderiram ao movimento programado pelo Sindicato





Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia

O Sindicato dos Químicos/Petroleiros e trabalhadores diretos e terceirizados paralisaram as atividades da empresa Elekeiroz/Itaúsa, no Polo de Camaçari, localizado na Bahia, na manhã desta terça-feira,(23/11). A mobilização começou às 6h e atrasou o início da jornada de trabalho até o final da manhã. É grande a insatisfação dos trabalhadores porque o patronato não avança na campanha salarial. Nesta segunda, 22, o sindicato realizou a mobilização na empresa Braskem e contou com a adesão de todos os funcionários diretos e terceirizados.

Durante a mobilização, o Sindicato distribuiu um boletim informativo mostrando a verdadeira faceta da Elekeiroz/Itaúsa que até o momento não tem participado das rodadas de negociações. Além disso, não segue a tendências das outras empresas do Polo de negociar o pagamento da cláusula 4ª e trava o processo de negociação da PLR. Para o Sindicato, dos Químicos e Petroleiros da Bahia, a Elekeiroz tem o mesmo comportamento de um avestruz e finge que não tem nada a ver com o problema. Essa atitude tem trazido graves conseqüências para os trabalhadores. O documento denuncia também a redução de direitos na passagem da Ciquine para a Elekeiroz. É o caso do fim do Plano Agregado, do Plano de Previdência Privada Previnor, da Gratificação por Tempo de Serviço. E, em alguns casos, o Sindicato teve que ir á luta para que fossem reconhecidos direitos da categoria como o café da manhã.

Os trabalhadores também estão inconformados porque em Várzea Paulista, a empresa paga PLR, cesta básica e outros benefícios que os baianos encontram dificuldades até em negociar. No verso do boletim foi publicada a carta enviada ao Sindicato com ameaças ao movimento sindical e a categoria na tentativa de intimidar a atuação da Entidade.

 As mobilizações são para exigir avanços na campanha salarial e equiparação do índice de reajuste salarial no mesmo percentual ao que foi oferecido pelos empresários do ramo em São Paulo. O patronato ofereceu 8% aos paulistas e, portanto, já foi concluída a campanha salarial.

Na Bahia, os empresários ofereceram apenas 7% e apesar das negociações não houve avanços até o momento. Há algum tempo, os dirigentes sindicais realizam campanhas salariais unificadas com os estados de Alagoas, São Paulo e Rio Grande do Sul, onde estão localizados os complexos petroquímicos brasileiros. 

 As mobilizações vão continuar durante a semana em outras fábricas do Polo de Camaçari.