Petroquímicos baianos param atividades da Braskem no Polo de Camaçari

Ninguém entrou para trabalhar. Os trabalhadores do Polo estão em campanha salarial desde setembro…





Sindicato dos Químicos e Petroquímicos da Bahia

O Sindicato dos Químicos/Petroleiros realizou uma mobilização na porta da Braskem, no Polo de Camaçari, na manhã desta segunda-feira (22/11). O movimento começou por volta das 5h30, ganhando a adesão dos trabalhadores diretos e terceirizados e em consequência disso ninguém entrou para trabalhar. Os trabalhadores do Polo estão em campanha salarial desde setembro e reivindicam equiparação do índice de reajuste salarial no mesmo percentual ao que foi oferecido pelos empresários do ramo em São Paulo. O patronato ofereceu 8% aos paulistas e, portanto, foi concluída a campanha salarial.

Na Bahia, os empresários ofereceram apenas 7% e apesar das negociações não houve avanços até o momento. Há algum tempo, os dirigentes sindicais realizam campanhas salariais unificadas com os estados de Maceió, São Paulo e Rio Grande do Sul, onde estão localizados os complexos petroquímicos brasileiros. 

Mas, o patronato insiste em oferecer reajuste diferenciado para as mesmas funções. Com esta proposta, os salários dos petroquímicos do Nordeste, do Sul e Sudeste, ficam ainda mais diferenciados, sem contar que os salários bases também não são iguais. Não é justo, por exemplo, que um operador da Oxiteno, Braskem, Elekeiroz, Dow ou outras, que exerçam as mesmas funções e tenham as mesmas responsabilidades, recebam salários diferenciados.

Para sensibilizar o patronato, o Sindicato lançou uma campanha contra a discriminação de salários que está sendo veiculada em Busdoor e em outdoor. Mas mesmo assim, o patronato continua intransigente e se recusa a avançar no reajuste salarial. O Sindicato denuncia ainda que os trabalhadores terceirizados também estão sendo discriminados com um famigerado contrato pré-determinado, reduzindo bastante os direitos dos contratados.

As mobilizações vão continuar se não houver avanço.

Mais informações com o diretor do Sindicato, Carlos Itaparica, telefone 71 8884-0484