Entre 1995 e 2002, quando o PSDB de Aécio Neves governou o país, o então presidente Fernando Henrique Cardoso, além de ter quebrado o monopólio da Petrobrás, sucateado e quase privatizado a empresa, demitiu, puniu e perseguiu centenas de petroleiros. Seu governo não só desregulamentou diversos setores estratégicos para o desenvolvimento nacional, como privatizou a maioria das estatais brasileiras, vendidas a preços irrisórios e com financiamento público.
Os movimentos sociais foram criminalizados e a classe trabalhadora atacada com arrochos salariais, políticas antissindicais, desemprego e flexibilização de direitos. Os servidores públicos e os petroleiros foram os principais alvos dos tucanos. Nos oito anos de governo do PSDB, a categoria perdeu uma série de direitos, como a estabilidade no emprego, o extraturno (dobradinha) e o ATS. Os tucanos que tomaram conta da Petrobrás também tentaram acabar com a AMS, o regime 14 x 21, o plano de cargos e salários, o pagamento integral das horas extras e férias, entre outras conquistas.
Não bastasse tudo isso, o governo do PSDB ainda criou uma resolução impondo redução de direitos para os trabalhadores de estatais admitidos após setembro de 1997. No caso do Sistema Petrobrás, os novos empregados perderam o ATS, o sobreaviso, a isonomia no desconto da AMS, o pagamento integral das férias e horas extras, entre outras conquistas que haviam sido garantidas a duras penas.
Nos governos Lula e Dilma, a FUP e seus sindicatos acabaram com as discriminações entre trabalhadores entre trabalhadores admitidos antes e após 97, retomaram os direitos retirados pelos tucanos e vêm garantindo conquistas importantes para a categoria. Ainda há muito o que avançar, mas para isso é preciso impedir o retrocesso. Os petroleiros que viveram o neoliberalismo sabem os riscos que correm a categoria e toda a classe trabalhadora, caso a turma que apoia Aécio e Marina voltem a comandar o país.
Fonte: FUP