Petroleiros vão às ruas contra a reforma da Previdência e para lembrar os 16 anos da P-36

 

 

(última atualização às 14h35)

Nesta quarta-feira, 15/03, os petroleiros se mobilizaram em todo o país para relembrar os 16 anos da tragédia ocorrida com a P-36 e para combater a reforma da Previdência. Além de delatar todas as mazelas que essa reforma criminosa traz à população, os manifestantes denunciam os interesses da mídia e dos empresários, que devem mais de R$ 340 bilhões à Previdência, nessa diligência do governo ilegítimo.

 

 Em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, o dia começou com o fechamento do acesso ao Porto do Açu. Os petroleiros, junto com movimentos sociais e estudantes, mobilizaram-se no aeroporto de farol de São Thomé, em memória da P-36. Junto com o coordenador geral da FUP, Zé Maria Rangel, a categoria participou de ato unificado no calçadão, no centro da cidade.

Na Bahia, as manifestações ocorreram em quatro pontos do estado: paralisação em Menino Jesus, FAFEN/BA e Alagoinhas, com realização de palestra sobre a reforma da Previdência  e  questões de  SMS, além de uma  setorial  na  recepção  do  EDIBA,  para convocar  as  pessoas  para  o  ato no Campo Grande. 

Em São Paulo, a categoria realizou atos nas refinarias de Paulínia (Replan), Capuava (Recap) e no Terminal de Barueri. Na Replan, os petroleiros só iniciaram a jornada de trabalho por volta das 11h. Cerca de 1,6 mil trabalhadores próprios e terceirizados participaram do ato de protesto em frente à refinaria. A rodovia Professor Zeferino Vaz, que liga Campinas a Cosmópolis, foi bloqueada por quase uma hora, provocando grande congestionamento.

Em Duque de Caxias, os petroleiros manifestaram-se durante a manhã na Reduc.

Já no Espírito Santo, foram realizados dois atos: um na UTGC, em Linhares, e outro, em conjunto com outras centrais sindicais, na Praça de Goiabeiras, em Vitória.

Em Minas Gerais, os trabalhadores da Regap e da Termoelétrica Aureliano Chaves realizaram cortes na rendição dos turnos da manhã e da tarde desta quarta-feira. A mobilização teve início por volta das 06h45, na BR 341, de onde os trabalhadores, junto com o MAB e outros movimentos sociais, seguiram em passeata até a refinaria, onde não houve a troca do truno. Os petroleiros mineiros também participam na parte da tarde dos atos de rua convocados pela CUT e demais centrais sindicais.

No Amazonas, a mobilização ocorreu na entrada da REMAN.

Já no estado do Paraná, o movimento unificado dos sindicatos de petroleiros, petroquímicos e de montagem e manutenção industrial comandou uma paralisação na Repar e na Fafen-PR. Houve bloqueio de vias que dão acesso a outras indústrias de Araucária.

No Rio Grande do Sul, os petroleiros realizaram ato em frente à Refap. Durante a tarde, seguindo a agenda da CUT, participam de um grande ato unitário na Esquina Democrática, centro de Porto Alegre.

Em Pernambuco, houve paralisação na entrada do administrativo e turno na Transpetro Suape e Refinaria Abreu e Lima. O Sindipetro PE/PB promoveu um debate sobre a precarização da segurança no ambiente de trabalho.

Nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, a categoria petroleira marcou presença em manifestações que também relembraram o cruel acidente com a P-36, além de se contraporem à nefasta reforma da Previdência.

Diante de uma medida criminosa, que irá destruir não só a Previdência Social, como a democracia, o patrimônio pública e as conquistas do povo brasileiro, os petroleiros, assim como todos os trabalhadores, devem se unir e ocupar as ruas. A única saída é a luta e resistência.

FUP, com informações dos sindicatos