Dando continuidade às ações solidárias para alertar a população sobre os prejuízos causados pela política de privatização da Petrobrás, os Sindicatos de Petroleiros do Norte Fluminense e do Espírito Santo realizam nesta quarta-feira, 27, distribuição de combustíveis a preços justos.
Em Campos dos Goytacazes (NF), os petroleiros subsidiaram 200 botijões de gás, vendidos ao preço de R$ 30,00, menos da metade do valor praticado pelo mercado, após os reajustes desta semana, que fizeram o produto ultrapassar R$ 80,00, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Em Linhares (ES), o sindicato patrocinará descontos de R$ 40,00 para os 100 primeiros motoristas que abastecerem seus veículos com gasolina ou diesel em um posto às margens da Rodovia BR 101. A ação será realizada durante a tarde. Os petroleiros irão subsidiar 20 litros do produto por consumidor. Para cada litro da gasolina, o desconto será de R$ 2,00. No caso do diesel, o consumidor pagará R$ 1,00 a menos por litro.
Em Paulínia (SP), onde está localizada a Replan, a maior refinaria da Petrobrás, os petroleiros saíram pela manhã em passeata pelas ruas, em uma campanha de conscientização sobre a importância das refinarias continuarem sobre o controle do Estado.
As ações ocorreram no dia em que a direção da Petrobrás anunciou o segundo aumento no preço da gasolina em menos de uma semana. O litro do produto nas refinarias ficou 4% mais caro, em função da disparada do dólar.
Os preços subsidiados pelos sindicatos poderiam ser praticados pela Petrobrás, se o compromisso da empresa e do governo fosse com o povo brasileiro e não com os acionistas privados e o mercando financeiro.
A defesa de preços justos para os derivados de petróleo está diretamente ligada à luta da FUP e de seus sindicatos por uma Petrobrás pública e indutora do desenvolvimento nacional.
Desde o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a estatal vem sendo gerida como empresa privada, com suas unidades sendo vendidas a toque de caixa, no maior processo de desmonte da história do setor petróleo. Uma das primeiras ações dos entreguistas que assumiram a gestão da Petrobrás no governo Temer foi alterar os preços dos derivados nas refinarias. A gasolina, o diesel e o gás de cozinha passaram ser reajustados constantemente, de acordo com as oscilações do dólar e do barril de petróleo no mercado externo.
O governo Bolsonaro intensificou ainda mais o desmonte da Petrobrás. Privatizou as distribuidoras de combustíveis (BR e Liquigás) e colocou à venda oito refinarias, que são responsáveis por metade da capacidade de refino do país. Ou seja, os preços dos derivados vão continuar disparando e, com as refinarias privatizadas, o Estado não poderá proteger o consumidor brasileiro.
Em 2014, antes do impeachment, quando o barril do petróleo valia 100 dólares, o litro da gasolina custava menos de R$ 3,00. Hoje, o preço médio do barril é de US$ 70 e o litro da gasolina ultrapassa os R$ 5,00. Foram dois aumentos em menos de uma semana, em função do dólar que disparou.
Imagine se as refinarias forem privatizadas? Por isso é tão importante que a população apoie a luta dos petroleiros em defesa da Petrobrás.
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[FUP]