Petroleiros se mobilizam por condições seguras de trabalho na Petrobrás

Seguindo o indicativo da FUP, os trabalhadores do Sistema Petrobrás realizaram em várias bases do país …





Imprensa da FUP

Seguindo o indicativo da FUP, os trabalhadores do Sistema Petrobrás realizaram em várias bases do país atos e protestos contra a política de insegurança da empresa, cobrando mudanças na política de SMS e um basta aos acidentes. Na Bahia, onde dois trabalhadores morreram este ano em acidentes na Petrobrás, o Sindicato dos Químicos e Petroleiros realizou um ato terca-feira (18), pela manhã, na Rodovia BR 324, via de acesso para a Rlam, Transpetro, Fafen e unidades de E&P. Cerca de três mil trabalhadores desceram dos ônibus e participaram do protesto, exigindo condições seguras de trabalho e respeito à vida.

Em Minas Gerais, os trabalhadores da Regap realizaram atrasos na entrada do expediente na quarta-feira (19), participando de um ato em frente à refinaria, em repúdio aos acidentes e mortes na Petrobrás. Na Replan, base do Sindipetro Unificado-SP, apesar da forte chuva, os trabalhadores atenderam ao chamado da FUP e do sindicato e participaram de um atraso na entrada do expediente. No Terminal de Suape, em Pernambuco, a mobilização foi nesta sexta-feira, 21, com atraso de três horas na entrada do expediente.

Nos últimos 15 anos, ocorreram 282 mortes por acidentes de trabalho no Sistema Petrobrás, sendo que 227 com trabalhadores terceirizados. A FUP e seus sindicatos têm denunciado as situações de riscos a que são expostos os trabalhadores, em conseqüência de decisões gerenciais que priorizam o lucro e a produção, em detrimento da segurança. Os gestores da Petrobrás continuam permitindo omissões e subnotificações de acidentes, menosprezando ocorrências graves e negando-se a atender ou mesmo a discutir com mais empenho as reivindicações das Cipas, sindicatos e FUP.

Ambulância da Recap busca gerente em casa, mas não socorre trabalhador terceirizado

A FUP tem lutado para que o SMS da Petrobrás zele da mesma forma pela vida dos trabalhadores próprios e terceirizados. No entanto, a política da empresa continua sendo de dois pesos e duas medidas. Na última semana, a Recap ficou desguarnecida de ambulância porque o veículo foi deslocado para “socorrer” um gerente que passou mal em casa. Em vez de recorrer ao serviço público ou acionar o resgate da AMS, o gerente chamou a ambulância da Recap, que, prontamente, foi posta à sua disposição. O mesmo SMS que autorizou esse abuso de autoridade, não permitiu que a ambulância da refinaria socorresse um trabalhador terceirizado que passou mal em frente à unidade e, por falta de atendimento imediato, morreu algumas horas depois, ao dar entrada no hospital. O fato ocorreu em janeiro de 2008, com João Marques da Costa, funcionário da empresa RR Compacta. É desta forma arrogante e autoritária que as gerências da Petrobrás tratam a saúde e a segurança de seus trabalhadores.

Mais um vazamento de gás na Bacia de Campos

Dez dias após um vazamento de gás de grandes proporções no Terminal de Cabiúnas, em Macaé, a Petrobrás torna a expor a risco os trabalhadores do Norte Fluminense. Nesta quarta-feira, 19, um vazamento de gás de alto risco na plataforma P-33, deixou os petroleiros inseguros e em alerta. De acordo com informações obtidas pelo Sindipetro-NF, “o gás inundou a área que fica abaixo do torret com 110% de explosividade. O alarme e o dilúvio (aberto manualmente) não funcionaram”.