A categoria petroleira foi destaque na caminhada em defesa da democracia, que reuniu cerca de 50 mil pessoas no centro de Salvador, na sexta-feira, 10 de junho.
Diretores do Sindipetro Bahia e trabalhadores da base, vestidos com a camisa cor de laranja da empresa, conseguiram chamar atenção da sociedade baiana a respeito da necessidade de defender a Petrobrás contra os ataques dos golpistas e não permitir a entrega do Pré-Sal ao capital estrangeiro.
Organizados, petroleiros e petroleiras, fizeram o percurso de cerca de 4km, do Campo Grande à Praça Castro Alves, segurando faixas, cartazes e “pirulitos”, com dizeres alusivos à defesa da Petrobrás, contra o governo golpista e a favor da democracia.
Atendendo ao chamado das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, milhares de trabalhadores, representantes da CUT, CTB, MST, UNE, Levante Popular da Juventude, de diversos sindicatos do campo e da cidade, movimentos sociais e ainda juristas, advogados, professores e médicos, também estavam presentes à caminhada, entoando palavras de ordem como “Fora Temer” e “Fora Cunha”.
Os manifestantes denunciaram o retrocesso imposto pelo governo ilegítimo de Temer e reivindicaram a manutenção de programas como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e PROUNI. Eles também denunciaram o desmonte do SUS e as ameaças de privatização do ensino público superior e de empresas como a Petrobrás, Correios, Casa da Moeda e centrais elétricas federais.
A caminhada contou ainda com manifestações culturais com grupos de teatro e música, que se apresentaram durante todo o trajeto. O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, ressaltou a boa participação dos trabalhadores da base, “demonstrando à sociedade que os petroleiros e petroleiras estão se preparando para a luta e resistência que, provavelmente, culminará numa greve em defesa do maior patrimônio do Povo Brasileiro, que é a Petrobrás, seus campos de produção e o Pré-Sal”.
Para Deyvid “com a gestão de Pedro Parente na Companhia e o governo provisório de Temer os direitos de toda a classe trabalhadora estão em risco. A partir de agora, nossos empregos estão em risco e as negociações do acordo de trabalho serão difíceis. Vão tentar nos desarticular, nos enfraquecer, cortando conquistas, benefícios e empregos. Temos que resistir, essa é a saída. E a categoria petroleira precisa ter consciência disso”.
Segundo o diretor André Araújo, “esse foi um dia importante porque estamos nas ruas fazendo o enfrentamento contra o golpe e a esse projeto neoliberal que está em curso no país”. Ele ressaltou ainda que além da defesa da Petrobrás e do Pré-sal, “é preciso defender a democracia e os direitos trabalhistas, que estão ameaçados pelo governo golpista de Michel Temer e do presidente da Petrobrás, Pedro Parente”.
Na manhã desse mesmo dia, atendendo a um indicativo da FUP, os petroleiros participaram de paralisações nas unidades da UO-BA, Rlam, PBIO, Transpetro Madre Deus e Camaçari, Fafen, Termoelétrica Celso Furtado e EDIBA.
Os protestos contra o governo interino e golpista de Temer aconteceram em 24 estados e no Distrito Federal.
Fonte: Sindipetro-BA