Petroleiros realizam paralisações em todo Brasil

 

 

Depois dos resultados das assembleias dos sindicatos filiados à FUP indicarem paralisações a partir desta sexta-feira, 23 de dezembro, o dia já começou com protestos por todo Brasil. O movimento protesta contra a proposta da Petrobrás para o Termo Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2015/2017 e contra o desmonte da estatal.

 

 

Na Bahia, a categoria paralisou a área conhecida como Menino Jesus (Candeias – BR 324) e Alagoinhas, cortando a rendição das turmas de turno de revezamento e parando atividades com o pessoal do regime administrativo de diversas unidades, como RLAM, UO-BA, TRANSPETRO, PBIO e TERMELÉTRICAS. Os diretores do Sindipetro Bahia falaram sobre a conjuntura nacional e a intransigência da gestão golpista da Petrobrás em não mais querer negociar com as entidades sindicais, com a tentativa de judicializar no TST a negociação coletiva. No Ceará, as mobilizações começaram nesta sexta-feira, por volta das 6h.

 

 

Em São Paulo, a Refinaria de Paulínea, a Replan, cortou a rendição à meia-noite. Desta forma, os empregados que deveriam pegar serviço à meia-noite para render os demais, não entraram nas unidades da Petrobrás. Na Refinaria de Capuava, a Recap, também houve corte de rendição, às 7h. No Edisp ocorreu um atraso de duas horas, além de corte de rendição com o turno e com os trabalhadores do setor administrativo. Também houve corte de rendição no estado do Amazonas, onde a greve começou nesta sexta-feira.

 

 

 

No Norte Fluminense, as manifestações também já começaram, e os diretores intensificaram contato com a categoria, em aeroportos de Campos, Macaé, dentre outros. Também nesta sexta-feira, haverá uma reunião em Campos para decidir os novos direcionamentos da categoria. Já em Duque de Caxias, as paralisações começaram antes, na quinta-feira, 22 de dezembro, com a setorial do turno. Os petroleiros e militantes realizaram um atraso com os trabalhadores do administrativo e as paralisações nas refinarias. Os representantes do sindicato orientaram a todos os trabalhadores a não fazerem troca, e a usarem o crachá sempre em local visível. Todas as permissões de trabalho estão suspensas. As paralisações também já estão ocorrendo no Rio Grande do Norte. Todas as atividades rotineiras do Pólo Industrial de Guamaré estão vedadas, assim como os serviços programados. Foi formada uma equipe de contingência apenas para eventualidade de segurança das pessoas e instalações. Já os trabalhadores das plataformas marítimas estão suspendendo suas atividades por 24 horas, a partir das 18h desta sexta-feira. Todos os trabalhos estão suspensos por tempo indeterminado, e na próxima segunda-feira, dia 26, haverá uma reunião de avaliação.

No Paraná, os trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária, decidiram deflagrar greve à zero hora desta sexta-feira, 23 de dezembro. Assim, à meia-noite houve o corte da rendição do turno ininterrupto de revezamento. No entanto, a gestão da refinaria conduziu o cárcere privado de trabalhadores, que deveriam ter deixado o local de trabalho no horário da manifestação, mas foram obrigados a permanecer nas instalações industriais por ordem da chefia. O Sindipetro PR/SC denunciou a irresponsabilidade do gestor, o risco que a ação representa para os trabalhadores e protocolou pedido de mediação com urgência no Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR). Já na FAFEN-PR, como não há o problema de contingência e a fábrica já ficou parada por mais de 100 dias, os trabalhadores optaram por atrasos e atos surpresas que ocorrerão durante as festas de final de ano. Também houve corte de permissão de trabalho (PT). O Sindiquímica PR relata que os gerentes e supervisores já se encontram em polvorosa.

A FUP e seus sindicatos mantêm a greve por tempo indeterminado e continuarão na luta pelos direitos trabalhistas, contra o desmonte da Petrobrás e contra a proposta da empresa para o Termo Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2015/2017.

 

FUP