Petroleiros realizam encontro internacional para discutir demandas da rede sindical

FUP

 

Lideranças sindicais da Argentina, Brasil, Colômbia, Curaçao, China, Nigéria, Peru e Suiça participaram nos dias 25, 26 e 27 de fevereiro do Encontro Internacional da Rede Sindical de Trabalhadores da Petrobrás. O evento foi uma iniciativa da FUP, CNQ/CUT (Confederação Nacional do Ramo Químico e Petroquímico da CUT) e IndustriAll (Federação Internacional dos Trabalhadores dos Setores de Energia, Químico e Metalúrgicos) para construir uma agenda permanente de debates e ações sindicais da Rede, promovendo a solidariedade de classe e a troca de experiências entre os trabalhadores.

Além das delegações internacionais, o Encontro contou com a presença de dirigentes sindicais das bases da FUP e da CNQ, bem como de representantes da Petrobrás, inclusive da presidenta Maria das Graças Foster, que participou da mesa de encerramento do evento. O coordenador da FUP, João Antonio de Moraes, ressaltou a importância do encontro para o fortalecimento da Rede Internacional de Trabalhadores da Petrobrás, que começou a ser construída há mais de dez anos para garantir o respeito às organizações sindicais e condições decentes de trabalho em todas as unidades da empresa, não só no Brasil, como nos demais países onde atua.

Moraes ressaltou a importância do Acordo Global, firmado em dezembro de 2011 pela Petrobrás com a FUP e a IndustriAll (na época ICEM), onde a empresa se compromete a garantir condições seguras de trabalho, responsabilidade ambiental, bem como respeito às representações sindicais nos países onde atua. “Esse acordo só se transformará de fato em um instrumento de mudanças e avanços nas relações de trabalho, se os trabalhadores se organizarem”, frisou o coordenador da FUP.

O petroleiro Roni Anderson, presidente do Instituto Observatório Social da CUT, explicou que tem acompanhado a construção e a implementação de várias redes sindicais de trabalhadores de multinacionais. “Cada vez mais empresas brasileiras estão se internacionalizando e os trabalhadores brasileiros estão agora tornando-se protagonistas na construção destas redes. É fundamental que os trabalhadores se organizem para garantir avanços nas relações e condições de trabalho”, destacou.

A presidenta da CNQ, Lucineide Varjão, informou que a Confederação do Ramo Químico da CUT acompanha atualmente a construção de 11 redes sindicais de trabalhadores, entre elas a da Brasken, que está tendo muita resistência por parte da empresa. “A FUP sai na frente quando prioriza a implementação da rede e esperamos que a Petrobrás tenha a postura de avançar nas relações de trabalho nos diversos países em que atua”, declarou.

A diretora da IndustriAll, a norte-americana Carol Bruce, ressaltou que a entidade tem grandes expectativas com a rede, pois é através desta organização que o Acordo Global firmado com a Petrobrás será fortalecido e poderá, de fato, se traduzir em avanços nos locais de trabalho. “Acompanhamos mais de 100 redes na IndustriAll e sabemos que essa é uma importante ferramenta para fortalecer os sindicatos na luta por melhores condições de trabalho”, destacou.

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