Petroleiros próprios e terceirizados se mobilizam contra política de Pedro Parente

Cerca de 70% dos trabalhadores do setor administrativo e praticamente 100% do pessoal do turno da Refinaria de Paulínia (Replan) e Refinaria de Capuava (Recap), em Mauá, participam da greve de advertência dos petroleiros, deflagrada nos primeiros minutos desta quarta-feira (30), contra, principalmente, a política de preços da Petrobrás. Os terceirizados reforçaram as mobilizações nas duas refinarias, bases do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP), na manhã de hoje, promovendo atrasos no início do expediente.

A greve começou com o corte de rendição na troca do turno da noite de terça para quarta-feira e ganhou, na manhã de hoje, o apoio de grande parte dos trabalhadores do administrativo. Em atendimento ao chamado do Sindicato, muitos petroleiros preferiram ficar em casa. Os ônibus fretados chegaram na Replan e Recap praticamente vazios na manhã de hoje (30).

O protesto nacional, convocado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), acontece em todo o país, em várias unidades do Sistema Petrobrás, e tem o apoio de sindicatos de diversas categorias e movimentos sociais. Uma das principais reivindicações dos petroleiros é a mudança na política de reajuste dos combustíveis, que só prejudica a população.

“Queremos a mudança na lógica de preços, redução dos valores da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, a retomada da produção nacional dos derivados e o fim das importações do petróleo, que é pra gente parar de pagar caro por esses produtos”, afirmou o diretor da FUP e do Unificado, Arthur Bob Ragusa.

Os petroleiros também protestam contra a privatização da Petrobrás e exigem a saída imediata do presidente da empresa, Pedro Parente. “Nossa luta é para que a Petrobrás volte a ser a indutora do desenvolvimento nacional”, destacou o coordenador do Unificado, Juliano Deptula.

TST

Devido à decisão do TST, que considerou a greve dos petroleiros ilegal, mesmo antes de ter começado, e determinou multa diária de R$ 500 mil caso a ordem seja descumprida, a direção da FUP, que conta com representantes do Unificado e dos outros 12 sindicatos filiados, se reunirá logo mais, às 18 horas, para avaliar o movimento e definir os próximos passos da categoria.

[Via Sindipetro Unificado-SP]