Petroleiros próprios e terceirizados de São Paulo cruzam os braços por 3 horas

Petroleiros da Replan, Recap e Terminal da Transpetro de São Caetano do Sul, bases do Sindipetro Unificado-SP (Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo), cruzaram os braços por cerca de três horas nesta sexta-feira (11). No Dia Nacional de Paralisação, convocado pelas centrais sindicais, trabalhadores próprios e terceirizados se uniram, mais uma vez, em defesa dos diretos da classe operária e iniciaram o expediente mais tarde.

As mobilizações do Unificado contaram com grande adesão dos trabalhadores. No terminal de São Caetano, mais de 90% dos efetivos próprio e terceirizado marcaram presença no ato. Na Recap, a manifestação reuniu em torno de 500 trabalhadores do turno e horário administrativo, com o apoio de petroleiros aposentados e militantes de movimentos sociais de Mauá.

Em Paulínia, Unificado e Sindicato da Construção Civil de Campinas e região fizeram um ato conjunto. A concentração dos trabalhadores aconteceu na Portaria Norte da Replan, que é o acesso principal dos terceirizados. O ato reuniu cerca de 700 pessoas.

“Os trabalhadores estão mais conscientes que temos que fazer a defesa do sistema Petrobrás e que é fundamental colocarmos para toda a sociedade os riscos que representam essas reformas propostas pelos golpistas”, afirmou o diretor Auzélio Alves.

Amilton Mendes, coordenador político do Sindicato da Construção Civil de Campinas e região, que responde pela maioria dos terceirizados que prestam serviço na Replan, falou sobre o momento difícil que a classe trabalhadora enfrenta e alertou os terceirizados sobre a ameaça das propostas em curso, que tendem a mudar as relações e precarizar ainda mais as condições trabalhistas.

O diretor do Unificado Arthur Bob Ragusa criticou o tratamento diferenciado que existe entre trabalhadores próprios e terceirizados. “Os terceirizados merecem a mesma condição dada aos próprios. Não tem que ter diferença. Todos devem entrar pela mesma portaria e receber o mesmo tratamento, sem distinção”, destacou.

Retrocesso

O movimento nacional de mobilizações foi convocado para chamar a atenção da população contra as políticas de retrocesso anunciadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer, como a redução de direitos e de congelamento de investimentos em serviços públicos essenciais, reforma da previdência, ampliação da terceirização, PEC 55 que congela os investimentos na saúde e educação por até 20 anos, reforma do ensino médio, mudança do regime de exploração do pré-sal e privatização da Petrobrás.

Fonte: Sindipetro Unificado de SP