No próximo 11 de novembro, às 9h, no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), todos os petroleiros e petroquímicos, assim como toda a sociedade, estão convidados para Audiência Pública sobre os “Impactos da Privatização da Petrobrás no Paraná”.
O objetivo é avaliar, de forma técnica e aprofundada, os prejuízos que a venda da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen – Araucária Nitrogenados e da Usina do Xisto (SIX) irão gerar em Araucária, Paranaguá, São Mateus do Sul e no estado.
A audiência é de iniciativa da casa legislativa do Paraná, do deputado estadual Requião Filho e do Fórum em Defesa da Petrobrás. Toda a categoria petroleira, familiares, amigos e movimento socias de defesa da soberania nacional prometem lotar o Plenarinho da ALEP.
O momento é de pressão pela defesa dos empregos e contra a privatização. Todos em defesa da Petrobrás estatal e soberana.
Audiência
A organização da audiência convidou todos os parlamentares para o debate. As palestras serão comandadas por técnicos e especialistas. Confira as presenças confirmadas:
::Mário Dal Zot, é presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina. Petroleiro, engenheiro e advogado.
::Paulo César Riberio Lima, é PHD em Engenharia na área do Petróleo e Especialista em Minas e Energia. Foi engenheiro da Petrobrás e consultor parlamentar. Autor do livro “A importância do Refino para a Petrobrás e para o Brasil”.
::Ana Patrícia Cavalcanti de Castro Laier, é Geóloga e Conselheira da Associação dos Engenheiros da Petrobrás do Rio de Janeiro.
::Carla Ferreira, é socióloga, mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), pesquisadora do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).
Apoiadores: Sindipetro Paraná e Santa Catariana, Sindiquímica-PR, Federação Única dos Petroleiros (FUP), Ineep, Aepet, CUT-PR e sindicatos filiados, CTB, Força Sindical, Comitê Unificado de Lutas do Paraná, APP-Sindicato, entre outros.
Histórico
No Paraná, cidades dependem da permanência da Petrobrás para continuar arrecadando impostos, gerando empregos e prestando serviços essenciais à sociedade. Em junho deste ano, a atual gestão da companhia colocou a Repar, em Araucária, e a Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, à venda. A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen – Araucária Nitrogenados), unidade da Petrobrás também localizada em Araucária, está em processo de privatização há mais tempo.
Trata-se de se desfazer completamente dos ativos de uma refinaria, com seu conjunto de oleodutos e terminais, uma mina de xisto e uma fábrica de fertilizantes.
Só a Repar – Refinaria Presidente Getúlio Vargas, principal motor econômico do Paraná, arrecada na casa de dois bilhões de reais por ano em ICMS. Parte disso retorna ao município de Araucária e faz com que a cidade tenha a segunda maior cota de participação repassada pelo governo do estado entre os 399 municípios.
Vale ressaltar que Araucária possui o maior parque industrial do estado. A expectativa é que a geração de impostos alcance, em 2019, a cifra de R$ 18,7 bilhões; desse montante, a Repar representa aproximadamente 70%.
Diante desses números, é interessante para o Paraná perder a Petrobrás?
E não para por aí, dentro do que se entende como “Complexo Repar”, há toda uma rede interconectada de oleodutos longos (>15km) que ligam a refinaria aos terminais e pontos de distribuição.
São parte dessa estrutura o Tepar (Terminal Aquaviário de Paranaguá), os terminais catarinenses: Tefran – Terminal Aquaviário em São Francisco do Sul (SC); Temirim: Terminal Terrestre de Guaramirim; Tejaí: Terminal Terrestre de Itajaí (SC) e Teguaçu: Terminal Terrestre de Biguaçu.
:: Serviço
AUDIÊNCIA PÚBLICA: “Impactos da Privatização da Petrobrás no Paraná”
Data: 11 de novembro de 2019
Hora: 9h
LOCAL: Plenarinho da ALEP (Assembleia Legislativa do Paraná) – Praça Nossa Sra. Da Salete, s/nº – Centro Cívico, Curitiba, PR.
[Via Sindipetro-PR/SC]