Os petroleiros da Bahia participaram de mais um dia de luta em defesa do Sistema Petrobrás, nessa quinta-feira , 01/08. Dessa vez a mobilização, que começou às 7h e durou cerca de duas horas, aconteceu na base de Taquipe, em São Sebastião do Passé.
A atividade, que acontece em nível nacional em uma ação conjunta com 18 sindicatos, marca a posição da categoria petroleira contra a intransigência da atual gestão da Petrobrás que insiste em retirar direitos dos trabalhadores, ameaça com demissões e oferece um reajuste salarial de apenas 1%.
Durante o ato, diversas lideranças do sindicato alertaram a categoria para os perigos e ameaças que os trabalhadores estavam enfrentando e convocaram os trabalhadores a participarem das mobilizações e da greve que está sendo organizada.
O coordenador do Sindipetro chamou a atenção durante o seu discurso ao dizer que a privatização da Petrobrás irá acarretar em uma precarização das condições de trabalho e que não irá resolver os atuais problemas da empresa.
“Podemos nos lembrar qual era o argumento dois anos atrás para privatizar. Diziam que a empresa estava endividada e que precisava vender os ativos. […] Venderam quase US$ 20 bilhões e podemos perceber que quase não mudou o cenário. Fica claro que não é privatizando, vendendo o patrimônio nacional, precarizando as condições de trabalho que vão resolver o problema da dívida”, conclui.
O diretor do Sindipetro, Leonardo Urpia, disse que o atual cenário da Petrobras faz parte de um projeto político iniciado em 2016 e que torna o Brasil dependente internacionalmente.
“Colocar a Petrobras para ser apenas gestora do pré sal, é um crime. Ao vender a BR Distribuidora, esse desgoverno coloca a indústria nacional de petróleo na contramão do primeiro ensinamento de gestão de petróleo que é ter controle da sua distribuição”, critica.
A diretora do Sindipetro Bahia, Christiane Barroso, também pontuou sobre as dificuldades que os trabalhadores estão enfrentando e fez um paralelo com a colonização brasileira.
“Quando os portugueses chegaram aqui deram espelhos aos índios e tomaram as terras indígenas […]. E agora venderam para nós um golpe, como os espelhos, que é a Lava Jato. O que fez toda uma população cair num engodo opressor”, disse.
[Via Sindipetro-BA]