Petroleiros realizam uma série de atividades pelo Brasil com o objetivo de denunciar a política de preços adotada pela atual gestão da Petrobrás, responsável pelo aumento abusivo dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha. Nesta manhã (01), em Curitiba, às 10h, dirigentes do Sindipetro estiveram no Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo – Cefuria para entregar 50 cargas destinadas a cozinhas comunitárias de bairros da capital e região. A ação de hoje é parte da campanha “Gás a Preço Justo”, quando serão vendidos 250 botijões de 13kg a famílias de Araucária, por R$ 40,00.
Além dos petroleiros, estiveram presentes na entrega do gás no Cefuria representantes do Marmitas da Terra (MST), da União de Moradores e Trabalhadores do Bolsão Formosa (Novo Mundo) e da Ocupação Vila Santa Maria (Tatuquara), comunidades com cozinha comunitária em pleno funcionamento.
A data da ação “Gás a Preço Justo” no Paraná será definida nos próximos dias em função da paralisação dos revendedores, também prejudicados pelos aumentos abusivos praticados pelo Governo Federal. Para o presidente do Sindipetro, Alexandro Guilherme Jorge, “os petroleiros vão subsidiar uma parte do valor do item para que as pessoas possam comprar por um preço que entendemos como justo, que poderia chegar aos consumidos e contemplaria toda cadeia produtiva”.
Hoje o gás de cozinha, diesel e gasolina aumentam toda hora em razão do Preço de Paridade Internacional (PPI). Esses itens seguem a cotação do dólar e do preço barril do petróleo lá fora. Por isso, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos começaram diversas ações nesta segunda-feira.
Os protestos são em diversos estados do país, com doações e venda subsidiada de botijões de gás, distribuição de cestas básicas, descontos para compra de gasolina e diesel, campanhas de conscientização sobre os impactos sociais do desmonte do Sistema Petrobrás.
Levantamento feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revela que entre julho de 2017 e janeiro de 2021, sob o comando dos governos Temer e Bolsonaro, a direção da estatal aumentou em 59,67% o preço da gasolina nas refinarias, o diesel 42,64% e o GLP (gás de cozinha) 130,79%. Já o preço do barril do petróleo acumulou reajustes de 15,40% neste mesmo período e a inflação medida pelo INPC (IBGE) ficou em 15,02%.
“Estamos sofrendo com aumentos descontrolados dos derivados de petróleo, o que inviabiliza setores estratégicos da economia, além de afetar massivamente a população”, alerta o coordenador da FUP, Deyvid Bacelar. Saiba mais sobre as mobilizações nacionais dos petroleiros AQUI.
[Da imprensa do Sindipetro-PR/SC]