Petroleiros na luta por regras claras e democráticas para a PLR

 

 

FUP

Seguindo o indicativo da FUP, os petroleiros realizaram se mobilizaram na quinta-feira, 17, cobrando da Petrobrás uma proposta de regramento da PLR que atenda as principais reivindicações da categoria. A empresa continua ignorando as cobranças da FUP para retomada da negociação das PLRs futuras e início das discussões para quitação da PLR 2011.

Para protestar contra o pouco caso da Petrobrás, trabalhadores de norte a sul do país atrasaram o expediente, aderindo às manifestações organizadas pelos sindicatos. Na Reman (AM), Regap (MG), Reduc (Duque de Caxias), Repar e SIX (PR), Replan e Recap (SP), Refap (RS), houve atrasos de até duas horas, com grande participação dos trabalhadores. A mobilização também foi realizada nas áreas de E&P e nos principais terminais da Transpetro, entre eles Guararema e Guarulhos (SP), Itajaí e São Francisco do Sul (SC), Suape (PE). Houve também mobilizações na Termoelétrica Luis Carlos Prestes (MS), na Unidade de Operações de Exploração e Produção do Sul (SC) e na UTGC de Cacimbas, em Linhares (ES). Na Bacia de Campos, os petroleiros realizaram uma assembléia simultânea, às 19 horas, em todas as plataformas. Na sexta, é a vez dos trabalhadores da Usina de Biodíesel de Montes Claros (MG) se mobilizarem.

A proposta de regramento das PLRs futuras que foi apresentada pela Petrobrás no início do ano não contempla as principal reivindicações dos petroleiros e ainda piora o atual modelo de distribuição que tem sido acordado com os trabalhadores. No balanço financeiro da empresa referente ao exercício de 2011, o provisionamento da PLR foi reduzido em 7,73% em relação a 2010, enquanto o montante referente aos dividendos dos acionistas subiu 2,33% no mesmo período. Portanto, é preciso aumentar a pressão e a mobilização para que os trabalhadores conquistem uma participação justa e democrática na distribuição do lucro construído pela categoria.

Sem Imposto de Renda

A executiva nacional da CUT criticou o governo federal por adiar mais uma vez a reunião com as centrais sindicais para discutir a isenção do imposto de renda sobre a PLR e o fim do fator previdenciário. A audiência foi marcada primeiramente para o dia 08, depois foi adiada para o dia 16 e novamente desmarcada, sem a definição de nova data.

“Tal prática é muito ruim. Quando os temas em debate interessam ao empresariado, o governo tem por hábito ser bem mais ágil e constante. Quando, por outro lado, os temas interessam aos trabalhadores e trabalhadoras, o compasso é de espera”, criticou a CUT, em nota pública. No dia primeiro de maio, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, anunciou a disposição do governo de ampliar a faixa de isenção de imposto de renda sobre a PLR dos trabalhadores.  Essa é uma bandeira de luta muito importante da FUP e de outras categorias, como bancários, metalúrgicos, químicos e urbanitários, que, desde o ano passado, têm se mobilizado em manifestações públicas, no Congresso Nacional e em negociações com o governo.