Na última segunda-feira (19), petroleiros da Regap, Termelétrica Aureliano Chaves e Transpetro fizeram uma greve de 24 horas contra a Reforma da Previdência. Inicialmente, o projeto estava com votação marcada para ter início na Câmara dos Deputados no dia 19. No entanto, como o governo golpista ainda não conseguiu os votos necessários e também em razão de um decreto presidencial de intervenção militar no Rio de Janeiro, o Congresso está impedido de votar qualquer alteração na Constituição Federal.
A mobilização da categoria petroleira em Minas começou às 23h30 de domingo (18) e, às 16 horas, os trabalhadores participaram de um grande ato contra o fim da aposentadoria na Praça 7, no centro de Belo Horizonte. A manifestação foi organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) juntamente com outras centrais, e contou com a participação de diversas categorias.
Além dos petroleiros, professores da rede municipal e estadual também estavam em greve contra a Reforma da Previdência na última segunda-feira. Também estavam nas ruas servidores públicos municipais, eletricitários, bancários, metroviários, funcionários dos Correios e trabalhadores de diversas outras categorias. Juntos, eles deram um abraço no prédio do INSS, localizado na avenida Amazonas.
A mobilização contra a Reforma da Previdência é permanente e, em assembleias realizadas nos dias 15 e 16 de fevereiro, a categoria petroleira aprovou o indicativo do Sindipetro/MG de seguir orientações da Central Única dos Trabalhadores (CUT Minas) acerca da campanha “Se botar pra votar não volta”. Dessa forma, qualquer mobilização convocada pela central e relacionada à luta contra a Reforma da Previdência terá adesão dos petroleiros de Minas.
Outras bases
Em todas as bases da FUP, houve paralisações e mobilizações contra a Reforma da Previdência no dia 19. Em São Paulo, petroleiros da base do Unificado fizeram paralisação de 16 horas na Refinaria de Paulínia e na Refinaria de Capuava, em Mauá. Nas duas unidades, as mobilizações tiveram adesão de 100% dos turnos e 90% do administrativo.
No Norte Fluminense, a categoria petroleira fez greve de 48 horas no Terminal de Cabiúnas em Macaé e nas 33 plataformas. Já nas bases administrativas foram realizados atos organizados pelo Sindipetro-NF e movimentos sociais.
Também houve paralisação na Bahia, com mobilizações em frente às garagens de onde sairiam os ônibus intermunicipais que levariam os trabalhadores às unidades do Sistema Petrobrás e um ato paralisando o trânsito. Também houve manifestação na Transpetro e no Trevo da Resistência, que dá acesso à Refinaria Landulpho Alves.
Greve contra a privatização
Por orientação do Sindipetro/MG, os petroleiros de Minas não aprovaram a paralisação de 24 horas também no dia 20 de fevereiro. A greve, indicada pela FUP, era contra a parada da RLAM, na Bahia e contra a privatização e o sucateamento da Petrobrás. No entanto, a parada da refinaria foi temporariamente suspensa e, por isso, a greve foi cancelada em Minas.
[Via Sindipetro-MG]