Petroleiros manterão mobilização após decisão do TST

 

Decisão do Tribunal que julga greve ilegal caso haja desabastecimento, não impede mobilizações. FUP organiza classe para Semana Nacional de Doação de Sangue

Petroleiros de todo o País vão manter mobilizações solidárias nacionais entre os dias 25 e 29 de novembro, para alertar a sociedade sobre os riscos da política de demissões em massa e da venda de ativos da estatal para o bolso do consumidor, para o meio ambiente e para os trabalhadores do setor (incluindo os terceirizados). A ação será mantida por não ferir a decisão Tribunal Superior do Trabalho (TST), que acatou pedido de liminar da Petrobras impedindo a greve por ela por em risco o abastecimento nacional de combustíveis.

Cientes da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), os petroleiros deixam claro que sua mobilização não fere as determinações legais, mas sim se encaixam perfeitamente neste momento de especial atenção da população com o desmonte de instituições sólidas.

As mobilizações ocorrerão parcialmente, sem prejuízo do abastecimento dos combustíveis, alinhando seus trabalhadores em ações voluntárias em prol da sociedade, como por exemplo, a doação de sangue (dentro da Semana Nacional de Doação de Sangue) e a limpeza de praias de todo o Brasil, que estão sendo atingidas pelo vazamento de óleo ainda inexplicado.

“O vazamento do óleo é um dos exemplos dos desmontes dest governo. Se os dois comitês que integravam o Plano Nacional de Contingências para Incidentes de Poluição por Óleo em Água, não tivessem sido extintos em março, a Petrobrás poderia ter usado sua expertise para identificar e até conter o vazamento antes de tão grande estrago”, avalia o diretor geral da FUP, José Maria Rangel.

Para a Federação, a Petrobrás também está descumprindo o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que foi mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Além de demissões e transferências em massa, a diretoria da Petrobrás incluiu metas de segurança, saúde e meio ambiente (SMS) como critérios para pagamento de bônus e concessão de vantagens. Tais ações, segundo o coordenador geral da FUP, além de ferir cláusulas do acordo, podem atingir diretamente interesses da sociedade por desencadear o aumento do desemprego, e precarizar o trabalho, o trabalhador e as condições em que atuam. Além disso, a atual administração vem prejudicando o consumidor, promovendo constantes aumentos no preço do combustível, alerta Rangel.

“Ao mesmo tempo que demonstra preocupação com o abastecimento nacional, a Petrobras não se mostra preocupada com o consumidor, quando promove constantes aumentos para alinhar seus preços ao mercado internacional. Isso vai aumentar ainda mais com a venda das refinarias. Nós queremos mostrar que estamos alinhados aos interesses da sociedade e estaremos junto com a sociedade essa semana em ações solidárias, unindo nossas causas”, disse.


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José Maria Rangel – (22) 98123-1875

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