Petroleiros intensificam mobilizações e negociação com Petrobrás prossegue

As mobilizações têm sido intensificadas em todas as bases da FUP, envolvendo trabalhadores próprios …

Imprensa da FUP

As mobilizações têm sido intensificadas em todas as bases da FUP, envolvendo trabalhadores próprios e terceirizados do Sistema Petrobrás, conforme indicativo do Conselho Deliberativo. A empresa entendeu o recado da categoria e concordou em retomar na segunda-feia, 16, o processo de discussão do acordo coletivo. Foram realizadas quatro rodadas de negociação. A próxima reunião é neste sábado, 21, a partir das 9 horas.

Apesar das tentativas da Petrobrás de reduzir o máximo possível, as reivindicações dos trabalhadores, buscando o afunilamento para o fechamento do acordo, a FUP tornou a reafirmar a pauta da categoria. O acordo em negociação tem validade de dois anos para as cláusulas sociais e é fundamental que consolide direitos que foram retirados dos trabalhadores pelos governos neoliberais e acabe com a precarização das condições de trabalho e segurança, principalmente em relação aos terceirizados.

Fortalecida pelas mobilizações crescentes da categoria, a FUP continuará cobrando na mesa de negociação que a Petrobrás avance em questões essenciais, como saúde e segurança, terceirização, benefícios, efetivos, condições de trabalho, garantia no emprego, além do cancelamento das punições e do atendimento das reivindicações econômicas.

Mobilizações se intensificam

Seguindo o calendário nacional da FUP, aprovado pelos sindicatos no Conselho Deliberativo, os trabalhadores estão em estado de greve e em assembléias permanentes, intensificando as mobilizações por avanços na negociação com a Petrobrás. Na Bahia, os trabalhadores realizam vigília na Rlam desde às 16 horas desta quinta-feira (19). Na segunda-feira (16), os petroleiros da refinaria, junto com os trabalhadores da Fafen, E&P, Biodiesel e unidades administrativas do Sistema Petrobrás na Bahia já haviam realizado uma mobilização, com atraso de quatro horas no expediente.

No Paraná, os trabalhadores da Repar realizam operações padrões desde quarta-feira (18), com atrasos na troca de turnos e boicote aos cursos. Em Macaé, no Norte Fluminense, os trabalhadores do Terminal de Cabiúnas realizaram uma vigília de 24 horas, que foi concluída na manhã desta quinta-feira (19), após resistirem às ameaças de punição por parte da gerência. Na sexta-feira 13, a categoria também foi à luta por condições seguras de trabalho e em defesa da AMS.

No Espírito Santo, na área de produção de Linhares, os trabalhadores terceirizados da Proen estão em greve desde o dia 13 e denunciaram que o preposto da empresa está contratando novos trabalhadores para substituir os grevistas, com a conivência da gerência da Petrobrás.

Com punição, não tem acordo!

Durante a rodada de negociação na quarta-feira (18), a Petrobrás condicionou a continuidade da reunião à suspensão da vigília que estava sendo realizada no Terminal de Cabiúnas, em Macaé. A FUP reafirmou que não negocia sob ameaça de punições a trabalhadores. A reunião foi interrompida e será retomada nesta sexta-feira, 20.

É inconcebível que as gerências da empresa ajam desta forma em pleno processo de negociação, onde uma das principais bandeiras de luta da categoria é justamente o cancelamento das punições aplicadas aos trabalhadores que realizaram a greve de março.

Conselho Deliberativo se reúne na terça, 24

A FUP convocou reunião do Conselho Deliberativo para terça-feira, 24, no Rio de Janeiro, para definir os próximos passos em relação à campanha. O Conselho é formado por um representante de cada sindicato filiado e a direção colegiada da FUP.