A FUP e seus sindicatos apresentaram à Petrobrás no dia 07 de julho a Pauta pelo Brasil, com propostas aprovadas na 5ª Plenafup, que se contrapõem à redução de investimentos e à venda de ativos. Passados mais de dois meses, a empresa segue ignorando as reivindicações dos petroleiros e ainda provocou a categoria com um modelo de negociação fragmentado e uma contraproposta que nada mais é do que o reflexo do processo de desmonte que está em curso no Sistema Petrobrás.
Milhares de trabalhadores terceirizados já foram demitidos pelo país afora. Ativos estratégicos estão à venda. Direitos conquistados são alvejados. Desinvestimentos colocam em risco a cadeia produtiva do setor petróleo. Lei da partilha do pré-sal é atacada e os gestores da Petrobrás nada fazem para defender os interesses da empresa e da Nação.
A Pauta aprovada na 5ª Plenafup é justamente para barrar esse processo de desmonte que coloca em risco o país. Os petroleiros já viram esse filme antes e não querem reprise.
A resposta da categoria será dada na greve. As estratégias estão sendo discutidas com os trabalhadores em seminários e em reuniões das direções sindicais. As bases da FUP que ainda não haviam realizado assembleias estão aprovando greve por tempo indeterminado. Na quarta-feira (16), as assessorias jurídicas realizarão um encontro nacional para orientar as lideranças sindicais na construção do movimento.
Os petroleiros, portanto, devem continuar alertas, aguardando as orientações da FUP e de seus sindicatos.
Quem financia os pelegos?
Enquanto os trabalhadores são sacrificados com cortes de custos e redução de investimentos em todas as empresas do Sistema Petrobrás, a ordem dos gestores é não economizar com as equipes de contingências. A greve ainda nem começou, mas as gerências já bancaram equipes de pelegos em terra e em mar, pagando passagens aéreas, hospedagens em hotéis de luxo, vôos especiais para as plataformas e horas extras a perder de vista.
Se a Petrobrás está á beira da falência, como alegam os gestores com seus discursos terroristas para tentar desmobilizar os trabalhadores, de onde saiu, então, a verba para financiar os fura-greve?
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Fonte: FUP