A categoria petroleira gaúcha finalizou nesse sábado (24), o XXXVIII Congresso Estadual dos Petroleiros e Petroleiras do RS. A atividade que iniciou na sexta-feira (23), ocorreu de forma presencial, no CEPE, em Canoas.
Com o tema “Energia para acelerar o coração do Brasil”, o Congresso apontou a necessidade de reconstrução da Petrobrás, aprofundando discussões sobre o futuro do setor do petróleo, e as dificuldades que os trabalhadores enfrentarão.
Na sexta-feira, 23 de junho, a maior parte do tempo foi para os debates de análises políticas e econômica. Para o painel de conjuntura política, participaram o Deputado Estadual Miguel Rossetto (PT-RS) e o representante da FUP, Sérgio Borges.
Para o deputado Rossetto, o desafio gigantesco é reposicionar a Petrobrás na reconstrução do país, pensar a Petrobrás como uma grande empresa para todo o Brasil, sendo um instrumento da ciência, tecnologia da pesquisa, do desenvolvimento industrial: “pensar esta Petrobrás e a agenda energética no período de transição sobre novas bases política, é um desafio gigantesco, o que pensar e disputar a Petrobrás do futuro é o nosso grande desafio”, disse Rossetto.
Para Sério Borges, que participou do segundo painel político, temos que dar o suporte necessário para que o governo faça o mínimo que ele tem que fazer, já que o país se encontra destruído. Mediante dessa situação, o papel da FUP, do movimento sindical e do movimento social é fundamental para fazer esta disputa na sociedade. Para ele, temos que pensar em trazer e unificar a categoria, que hoje dentro da Petrobrás se encontra com disputas colocadas e que são determinantes, como a política dos preços dos combustíveis: “cada vez menos temos influência nesta política e neste sentido temos que disputar um problema real, que é a venda da Lubnor, anunciada como paralisada pelo presidente Lula, mas não prática isto não está acontecendo”, disse Serginho.
No painel de conjuntura econômica, Cloviomar Cararine, economista do Dieese, trouxe dados da situação da Petrobrás e de como isso afetará na construção da pauta reivindicatória. Cloviomar falou sobre a diferença do governo atual ao primeiro mandato de Lula, em 2002, quando o presidente recebeu um governo com as contas mais organizadas: “neste ano o governo recebeu uma casa completamente desgovernada, um desarranjo das lutas públicas, com um grande desafio de organizar as contas públicas – tem que parar e reorganizar tudo”.
No final da noite de sexta, os participantes confraternizaram com iguarias típicas de festa junina, ao som de músicas nordestinas, com a apresentação de Lili e Bando.
No sábado pela manhã, dia 24 de junho, foi a vez das apresentações das teses, moções e o debate da pauta reivindicatória.
Além de reafirmar a luta pela reconstrução da Petrobrás, os participantes do Congresso elegeram como umas das principais prioridades a busca pelo fim das cobranças abusivas da AMS, do respeito a diversidade e do combate ao assédio moral e sexual no ambiente de trabalho.
O primeiro Congresso presencial, após a pandemia da Covid-19, e a volta de um governo democrático e popular, foi marcado também pela esperança de uma negociação na base do dialogo e do respeito, entre empresa e sindicato.
[Da imprensa do Sindipetro RS]